O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, pediu desculpa aos cidadãos de Londres pelos erros que a empresa cometeu e pediu aos clientes daquela cidade que colaborem com a empresa. O pedido foi feito na forma de uma carta aberta, três dias depois de se conhecer a decisão da Transport for London (TfL) não renovar a licença da empresa para operar na capital inglesa.
Na carta, Khosrowshahi admite que “cometemos erros no nosso percurso. Em nome da Uber, peço desculpa pelos erros que cometemos”. Ao mesmo tempo que mantém a resolução – emitida na passada sexta-feira – de que a empresa apresentará recurso da decisão da TfL, “em nome de milhões de londrinos”, o novo CEO da Uber admite que também a empresa terá de mudar e que, como novo CEO, o seu propósito será o de “ajudar a Uber a escrever este novo capítulo”.
A carta aberta foi publicada no jornal Evening Standard e postada pelo responsável de comunicação da Uber no Reino Unido, Alex Belardinelli, na sua conta do Twitter.
Open letter to Londoners in today’s Evening Standard from Uber’s new CEO @dkhos: pic.twitter.com/LOuLgPvF4B
— Alex Belardinelli (@abelardinelli) September 25, 2017
A mesma rede social foi utilizada por Khosrowshahi para pedir aos clientes londrinos que “trabalhem connosco” para colocar a empresa no caminho certo.
Dear London: we r far from perfect but we have 40k licensed drivers and 3.5mm Londoners depending on us. Pls work w/us to make things right
— dara khosrowshahi (@dkhos) September 22, 2017
À Sky News, Frances O’Grady, Secretária Geral da Trades Union Congress, a maior associação sindical britânica, congratulou-se com o pedido feito pelo CEO da Uber: “Fiquei contente por ver que a Uber como que pediu desculpa, mas trata-se de as ações falarem mais alto que as palavras”. E acrescentou: “Eles [a Uber] têm agora uma oportunidade para pararem de poupar na segurança e pagarem pelo menos o salário mínimo aos seus trabalhadores.”
Entretanto, nos três dias que se seguiram à decisão da TfL, mais de 750 mil pessoas assinaram uma petição online lançada pela Uber de Londres e que pede à TfL e ao Mayor da cidade, Sadiq Khan, que revoguem esta decisão.
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