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Cepsa espera que procura energética caia para metade do ritmo dos últimos 15 anos

O Cepsa Energy Outlook aponta para a continuação da procura por petróleo, embora também a um ritmo mais lento, influenciado também por uma mudança na visão em relação a outras fontes de energia.
29 Maio 2018, 13h00

A procura global por energia deverá crescer a metade do ritmo a que aumentou nos últimos 15 anos, de acordo com a estimativa do Cepsa Energy Outlook – Mapa Energético 2030, apresentado esta terça-feira, em Lisboa. Os ganhos de eficiência energética e a rápida emergência da tecnologia no setor serão os principais fatores disruptivos no mercado, na próxima década.

“A procura global por energia crescerá a metade do ritmo do período dos anteriores 15 anos à medida que a eficiência melhora”, explica o outlook. “O mix energético global continuará a ser dominado por fontes fósseis, embora a participação seja reduzida pelo ritmo de crescimento das fontes renováveis”.

O aumento populacional, acompanhado de alterações sociais como a emergência da classe média na China, irá determinar a procura e afetar a cadeia produtiva. As melhorias na eficiência serão, no entanto, um travão ao crescimento, o que representa múltiplos desafios como fornecimento de mais energia, maior sustentabilidade e um consumo mais inteligente, segundo a empresa.

O relatório da Cepsa aponta para a continuação da procura por petróleo, embora também a um ritmo mais lento, influenciado também por uma mudança na visão em relação a outras fontes de energia.

“O gás natural será o combustível fóssil que mais crescerá, substituindo o carvão como a segunda fonte de energia. Mas o seu papel na geração de energia pode ser limitado pelas energias renováveis”, refere.

A eletricidade ganhará ainda mais destaque, de acordo com a empresa, sendo a forma de energia final que irá registar um maior crescimento (mais de 50% face às necessidades atuais), à medida que a procura de todos os setores aumenta globalmente.

A previsão é que a eletricidade venha a representar mais de 20% das necessidades energéticas totais até 2030, sendo que a geração de energia eólica e solar deverá ocupar a maior parcela da nova geração de eletricidade.

Estas fontes energéticas serão impulsionadas pela redução dos custos do ciclo de vida na energia renovável, bem como pela “rápida evolução” das principais tecnologias facilitadoras que abrirá caminho para “mudanças profundas”. A Cepsa antecipa que várias tecnologias emergentes amadureçam nos próximos anos e passem da adoção para a fase de descolagem.

“Renováveis, baterias e digitalização continuarão a crescer rapidamente e têm o potencial de afetar significativamente o sistema de energia. Novos modelos de mobilidade urbana serão moldados por três fatores principais: eletrificação, carros autónomos e serviços de mobilidade compartilhada.

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