[weglot_switcher]

CGD, Abanca e Santander entre os 130 bancos que se comprometem com o desenvolvimento sustentável

A ONU lançou a carta de Princípios de Banca Responsável e 130 bancos aceitaram aderir. Entre eles a CGD, o Abanca e o Santander. É o acordo mais importante até à data entre o setor bancário e as Nações Unidas.
23 Setembro 2019, 19h57

O Abanca tornou-se, este domingo, num dos Signatários Fundadores dos Princípios de Banca Responsável, a iniciativa financeira do Programa das Nações Unidas para o meio ambiente.

Para além do Abanca (que em Portugal comprou a área de retalho e private banking do Deutsche Bank Portugal), também o Santander (que detém o Santander Totta) anunciou a sua adesão aos Princípios de Banca Responsável. Na lista consta ainda a Caixa Geral de Depósitos.

Estes são três dos 130 bancos que aceitaram o desafio da Organização das Nações Unidas (ONU) de aderir a um conjunto de “princípios de banca responsável”, que visam alinhar a atividade do setor financeiro com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) e o acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

A iniciativa foi formalmente lançada este domingo em Nova Iorque, por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas. Este é o acordo mais importante entre a banca e a ONU

No total dos 130 bancos de vários países está também a Caixa Geral de Depósitos.

O Abanca disse em comunicado que ao aderir à carta de Princípios de Banca Responsável materializa o seu compromisso de ter um papel ativo na criação de uma economia sustentável e liderar novas formas de estar no mercado financeiro no futuro.

O banco liderado por Francisco Botas diz que já incorporou práticas de governance exigidas às sociedades cotadas desde abril e conta com o serviço denominado Alpha Responsable, um serviço de gestão de carteiras de fundos de investimento socialmente responsáveis e ainda com o financiamento de contratos de venda de energia renovável (PPA) de longo prazo e projetos de eficiência energética nos seus edifícios.

Já o também espanhol Santander diz em comunicado que se juntou hoje a outros 30 bancos signatários dos Princípios para anunciar um Compromisso Coletivo de Ação pelo Clima. “O objetivo é dar passos tangíveis na implementação do compromisso assumido, para alinhar o seu negócio de acordo com os desafios climáticos internacionais”, diz o banco que em Portugal tem o Santander Totta.

A presidente do Banco Santander, Ana Botín, afirmou no comunicado que “estamos muito orgulhosos de ser um dos fundadores signatários dos Princípios de Banca Responsável das Nações Unidas, e de integrarmos o Compromisso Coletivo de Ação pelo Clima para ajudar a alcançar os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris. Todas as empresas, governos e indivíduos têm a obrigação de contribuir para superar os desafios globais lançados hoje, e o clima é um dos mais importantes. Se queremos ter um impacto duradouro nas comunidades e no meio-ambiente, cada entidade financeira deve unir-se ao nosso esforço comum para mobilizar os recursos do setor financeiro”.

O Compromisso Coletivo de Ação Climática estabelece ações concretas, sujeitas a prazos específicos para os bancos envolvidos, de forma a aumentar sua contribuição para a luta contra as alterações climáticas e alinhar a sua estratégia aos objetivos do Acordo de Paris sobre o clima.

Essas ações incluem, entre outras: Alinhar as suas carteiras de crédito, para que reflitam uma economia de baixo carbono, resistente a alterações climáticas, e necessária para limitar o aquecimento global a um nível substancial de menos de dois graus, com a meta de chegar aos 1,5 graus celsius; adotar medidas concretas, em menos de um ano desde a assinatura deste compromisso, e utilizar os seus produtos, serviços e relação com os clientes para facilitar a transição económica necessária para alcançar a neutralidade climática; e assumir publicamente a responsabilidade pelo seu impacto no clima e do seu progresso no cumprimento destes objetivos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.