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CGD conclui venda de banco em Espanha ao Abanca por 384 milhões

A Caixa garante que a “migração da atual carteira de clientes particulares e empresas do BCG para a esfera do Abanca respeita um período de transição no qual se manterão os níveis de serviço, atendimento preferencial e oferta comercial para os clientes”.
14 Outubro 2019, 11h39

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) formalizou esta segunda-feira a venda definitiva de ações representativas de 99,79% do capital social da sua filial em Espanha, Banco Caixa Geral (BCG), ao grupo bancário espanhol Abanca, por 384 milhões de euros, numa cerimónia de assinatura realizada em Madrid, na sede do banco comprador. O Abanca e o Banco Caixa Geral Espanha passarão a operar como uma única entidade no primeiro trimestre de 2020, data em que está prevista a integração dos sistemas informáticos.

“Fica, assim, cumprido um dos principais compromissos da CGD ao abrigo do Plano Estratégico”, diz a CGD, que acrescenta que esta venda permite fortalecer a sua capitalização.

“A CGD irá continuar a trabalhar com o objetivo de cumprir integralmente os objetivos do Plano Estratégico. Além da racionalização do negócio internacional, a CGD tem também como objetivos a redução da sua estrutura de custos e do volume de ativos não-performantes do seu balanço, de forma a melhorar a sua rentabilidade”, diz o banco liderado por Paulo Macedo em comunicado divulgado na CMVM.

A alienação do BCG teve um impacto positivo global de cerca de 110 pontos base (pb) no rácio CET 1 consolidado da CGD, sendo que 30 pb já foram refletidos nas contas consolidadas de junho de 2019, “em resultado da valorização estimada desta participação. Os restantes 80 pb resultam da desalavancagem desta participação”.

O presidente da Comissão Executiva da CGD, Paulo Moita de Macedo, e o presidente do Abanca, Juan Carlos Escotet Rodriguez estiveram na formalização.

O processo de venda do BCG iniciou-se em 2017, como parte do Plano Estratégico aprovado no âmbito do processo de recapitalização da CGD, tendo culminado com a seleção pelo Conselho de Ministros, em novembro de 2018, do Abanca como entidade compradora e com a conclusão, em setembro de 2019, do processo de aprovação pelas autoridades competentes, diz em comunicado a CGD.

A Caixa assegura que os clientes estão salvaguardados com assinatura de um acordo de cooperação.

“Nesta data a CGD e o Abanca formalizaram também um acordo de cooperação comercial, o qual define os termos em que as duas partes irão colaborar em várias áreas de negócio, nos segmentos de empresas e de particulares com atividade no mercado Ibérico e nos mercados internacionais onde os dois Grupos bancários detêm presenças
diretas”, refere o banco.

“O acordo de cooperação hoje assinado visa assegurar que a migração da atual carteira de clientes particulares e empresas do BCG para a esfera do Abanca respeita um período de transição no qual se manterão os níveis de serviço, atendimento preferencial e oferta comercial para os clientes, para além de formalizar os termos futuros da colaboração comercial entre as duas instituições”, acrescenta o comunicado.

A Caixa assegura que “continuará fortemente empenhada no apoio às empresas portuguesas com atividade no mercado ibérico, através da sua representação comercial, do Acordo de Cooperação com o Abanca e da sua rede de correspondentes, com a oferta completa e já atualmente disponível de produtos e serviços de apoio à internacionalização”.

A assembleia de acionistas do Banco Caixa Geral vai nomear esta tarde os novos membros para o seu conselho de administração.

Notícia atualizada às 14h57

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