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CGTP promove jornada de luta de mais de 3 semanas nos locais de trabalho

Entre 21 de junho e 15 de julho “deverão ocorrer principalmente greves, plenários e concentrações junto às empresas”, cujo calendário está a ser ultimado.
  • António Pedro Santos / Lusa
15 Junho 2021, 08h26

A CGTP decidiu intensificar a ação reivindicativa nos locais de trabalho promovendo uma jornada de luta nacional, entre 21 de junho e 15 de julho, que envolverá milhares de trabalhadores de centenas de empresas.

“Decidimos avançar com esta jornada nacional de ação e luta, que se prolongará durante mais de três semanas, porque constatámos que os trabalhadores estão muito descontentes e mobilizados para lutar por melhores condições de vida e de trabalho”, disse à agência Lusa a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.

A sindicalista estimou que participem na jornada de luta “milhares de trabalhadores, de centenas de empresas e locais de trabalho, de todos os setores e zonas do país”.

Esta jornada de ação e luta foi decidida pela Comissão Executiva da Intersindical na sequência das posições assumidas pelas suas estruturas nas reuniões do Conselho Nacional e do Plenário de Sindicatos, que se realizaram em maio.

“Nas duas reuniões foi salientada a fortíssima dinâmica reivindicativa que está a acontecer em muitos setores de atividade, com os trabalhadores dispostos a mostrar a sua indignação pela falta de resposta às suas reivindicações”, disse Isabel Camarinha.

Entre 21 de junho e 15 de julho “deverão ocorrer principalmente greves, plenários e concentrações junto às empresas”, cujo calendário está a ser ultimado.

A Jornada de Ação e Luta tem como lema ‘Pelo Aumento Geral dos Salários; Pelo Emprego com Direitos; Pela Revogação das normas gravosas da legislação laboral’.

O desbloqueio da contratação coletiva, a regulação e redução dos horários de trabalho e melhores carreiras, são outras das reivindicações.

“Não colocamos nada de novo, em termos de reivindicações, mas colocamos a ação nas empresas e locais de trabalho porque os trabalhadores estão indignados por verem os seus salários serem engolidos pelo salário mínimo, devido a anos consecutivos sem aumentos, por não terem qualquer valorização das carreiras”, explicou a líder da Inter.

Segundo a sindicalista, a CGTP “pretende puxar por isto, porque a política que fomenta o modelo de baixos salários e precariedade, que agrava as condições de vida dos trabalhadores e põe em causa o desenvolvimento do país, tem de acabar”.

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