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Chapéu de Indiana Jones vendido por 414 mil euros em leilão no Reino Unido

Com a venda de itens tão icónicos como o chapéu de Indiana Jones, o blaster de Boba Fett e o sabre de luz de Obi-Wan Kenobi, a Propstore, empresa de leilões online, prova que a nostalgia continua a ser um negócio mais sólido do que muitas sequelas de Hollywood.
9 Dezembro 2025, 11h00

A Propstore, empresa de leilões online abriu o seu leilão de Memorabilia de Entretenimento em Londres com um estrondo digno de blockbuster. Em apenas um dia, conseguiu transformar 425 lotes em 8,8 milhões de euros, provando que a nostalgia continua a ser um negócio mais sólido do que muitas sequelas de Hollywood.

O protagonista inesperado da primeira ronda foi um objeto simples, mas icónico do cinema de aventuras: o fedora usado por Harrison Ford em Indiana Jones e o Templo Perdido. O chapéu que enfrentou pontes de corda a cair e armadilhas assassinas saiu por 482 328 dólares, cerca de 414 mil euros. Um valor suficientemente impressionante para deixar até o próprio Indy a ajeitá-lo com orgulho.

Ainda assim, o lote mais caro da noite foi para uma galáxia muito, muito distante. O blaster EE-3 de Boba Fett, usado por Jeremy Bulloch em Star Wars: O Império Contra-Ataca, que bateu os 600 mil dólares, cerca de 520 mil euros e com uma disputa digna de quem tem um coração blindado contra ataques cardíacos. Quarenta anos depois da estreia do filme, fica confirmado: noutros mercados pode haver inflação, mas no universo Star Wars o preço só conhece um sentido — o ascendente, devido à procura constante por artefactos originais desta trilogia pelos colecionadores.

A guerra das estrelas continuou a dominar quando a espada-luz “Hero Lightweight” de Obi-Wan Kenobi, empunhada por Ewan McGregor em Star Wars: A Ameaça Fantasma, acompanhada de carta de autenticidade assinada por George Lucas, estabeleceu um novo recorde mundial alguma vez pago para uma lightsaber da trilogia. Atingiu mais de 382 mil dólares, cerca de 327 mil euros, consolidando o sabre como uma das armas fictícias mais caras de sempre a trocar de mãos.

Houve, claro, espaço para outros ícones de várias décadas: o fato de elfo de Will Ferrell em O Duende aproximou-se dos 271 mil euros; a hoverboard de Regresso ao Futuro II/III chegou aos 264 mil; e o mapa-doubloon de Os Goonies ultrapassou os 230 mil. Houve ainda artefactos de O Quinto Elemento, O Iluminado, Scream, Matrix, Piratas das Caraíbas e Clube de Combate, todos a alcançar valores impressionantes.

Stephen Lane, fundador e CEO da Propstore, resumiu em comunicado o espírito do evento com o entusiasmo típico de quem sabe que tem um cofre cheio de sonhos cinematográficos à venda: a competição foi feroz, o público estava ávido e, acima de tudo, “peças como a de Boba Fett recordam o impacto duradouro que estas histórias têm nas pessoas”. Na prática, é o reconhecimento de que certos objetos transcendem o ecrã e passam a ocupar o imaginário de várias gerações — e, pelo menos durante estes dias, também o saldo bancário de alguns colecionadores muito dedicados.


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