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Chefes têm comportamentos abusivos em 90% das empresas portuguesas, conclui estudo

Os resultados deste estudo da UPT permitiram ainda concluir que as mulheres e os jovens trabalhadores são os mais afetados enquanto os homens portugueses tendem a desconsiderar mais facilmente estes comportamentos.
18 Outubro 2018, 11h42

As quebras de promessas e repreensões públicas são os principais abusos que os trabalhadores das empresas denunciam e que estão a afetar não só a sua autoestima, mas também a produtividade das empresas, de acordo com as conclusões do estudo sobre autoestima da Universidade Portucalense (UPT), divulgado esta quinta-feira.

Após consulta a 240 pessoas de 12 empresas portuguesas, os resultados permitiram ainda concluir que as mulheres e os jovens trabalhadores são os mais afetados, enquanto os homens portugueses tendem a desconsiderar mais facilmente estes comportamentos abusivos por parte dos seus superiores.

Sobre o peso que a questão da autoestima assume neste contexto, a responsável do estudo, Daniela Silva, no âmbito da sua dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na UPT,  refere ser “claro o papel da autoestima dos colaboradores nesta questão dos comportamentos de supervisão abusiva porque um trabalhador que confie em si e nas suas capacidades tende a desvalorizar por completo comentários depreciativos dos seus supervisores”.

A baixa autoestima e a falta de alternativas no mercado de trabalho são, em seu entender, as principais razões que levam os trabalhadores a tolerar este tipo de comportamentos que afetam todas as dinâmicas orgânicas das empresas nacionais.

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