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Chega anuncia voto contra estado de emergência e redobra críticas a Eduardo Cabrita

O deputado único e presidente do Chega, André Ventura, considera que as medidas restritivas estão “a matar os negócios” e contesta que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, continue a “coordenar o estado de emergência”.
4 Janeiro 2021, 12h08

O Chega vai votar novamente contra a renovação do estado de emergência, entre 8 e 15 de janeiro, por considerar que este não pode ser “banalizado e normalizado”. O deputado único e presidente do Chega, André Ventura, considera que as medidas restritivas estão “a matar os negócios” e contesta que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, continue a “coordenar o estado de emergência”.

“Por causa das restrições de horários, que consideramos absurdos, e por causa dos apoios que continuam a não estar ligados a um estado de emergência que está a ser banalizado e normalizado, o Chega não pode votar a favor nem abster-se neste estado de emergência e vai manter o voto contra”, disse, à saída da reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a renovação do estado de emergência por oito dias.

André Ventura sinalizou que compreende que “tenham que existir restrições”, mas que o encerramento de fronteiras teria “poupado muito” o país no combate à pandemia, ao invés de se continuar com “absurdas restrições”, como o encerramento do comércio às 13h00, que “não estão a ajudar em nada a controlar a pandemia e estão a matar os negócios”. Contestou ainda os atrasos e a “falta de eficácia” dos apoios em dar resposta aos setores em dificuldades.

“A par disso, o facto de continuarmos a ter Eduardo Cabrita à frente ou a coordenar este estado de emergência é um sinal politicamente nefasto e negativo, que não podemos de forma alguma respaldar”, disse.

Segundo André Ventura, não compete ao Presidente da República demitir o ministro da Administração Interna, mas Marcelo Rebelo de Sousa poderia ter dado “indicações políticas no sentido de o Governo compreender que está na hora de [Eduardo Cabrita] abandonar funções, em prol de uma boa execução do estado de emergência”. “Este é o momento em que o coordenador do estado de emergência não pode estar fragilizado”, reiterou.

O novo estado de emergência deverá vigorar entre 8 e 15 de janeiro. No sábado, no primeiro debate das presidenciais, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que esta renovação do estado de emergência terá “o mesmo regime” por oito dias, justificando essa alteração com a falta de dados suficientes relativos ao período natalício, que só serão conhecidos na reunião de terça-feira no Infarmed, em Lisboa.

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