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Chega apresenta voto de condenação de Marcelo e Costa por permitirem celebrações do 1.° de Maio

André Ventura considera que autorização concedida à CGTP foi “um ultraje e uma infâmia para a grande maioria dos portugueses, impedidos de estar com as suas famílias, de celebrar os seus cultos religiosos ou de se despedir em condições dos seus entes queridos”.
  • Mário Cruz/Lusa
2 Maio 2020, 10h41

O deputado único do Chega, André Ventura, apresentou um voto de condenação na Assembleia da República contra o que considera ter sido “a atitude altamente comprometida e negligente do Presidente e do Governo” ao permitirem celebrações e comícios ao ar livre para assinalar o Dia do Trabalhador. Em causa está, sobretudo, a concentração de centenas de sindicalistas da CGTP na Alameda, em Lisboa, “numa altura em que as autoridades pedem aos portugueses para ficar em casa, e recomendam confinamento”.

”Assistimos estupefactos a centenas de pessoas em celebração do 1 de Maio na Alameda, em Lisboa, ao arrepio de todas as recomendações da Direção-Geral de Saúde. Mais: numa altura em que se impõe aos portugueses a proibição de sair do concelho da residência, várias centenas manifestantes puderam viajar tranquilamente em função de natureza sindical ou política”, lê-se no voto de condenação. Segundo o deputado do Chega, “isto representa um ultraje e uma infâmia para a grande maioria dos portugueses, impedidos de estar com as suas famílias, de celebrar os seus cultos religiosos ou de se despedir em condições dos seus entes queridos”.

André Ventura defende que o estado de emergência, que está em vigor até ao final deste sábado, é incompatível com “este tipo de incoerências e incongruências” no comportamento de órgãos de soberania como o Presidente da República e o Governo, apontando a autorização da celebração do 1.° de Maio pela CGTP como “um dos episódios mais lamentáveis da história desta pandemia em Portugal”, esperando-se que “não tenha consequências de saúde pública que venham a ser assinaladas no futuro”.

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