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Chega quer saber se a Comissão Europeia fez exigências para viabilizar intervenção na TAP

Pergunta de André Ventura a Pedro Nuno Santos insta responsável pela tutela a dizer quando é que o modelo de negócio e o plano de reestruturação da transportadora aérea serão apresentados à Assembleia da República.
7 Julho 2020, 08h15

O deputado único do Chega, André Ventura, pretende que o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, explique ao Parlamento que modelo de negócio o Governo vai implementar na TAP enquanto acionista maioritário, diga quando irá apresentar o plano de reestruturação da companhia aérea à Assembleia da República e ainda qual é a posição da Comissão Europeia sobre a compra da participação de David Neeleman e injeção de capitais públicos na empresa e se Bruxelas apresentou algum tipo de exigências para viabilizar o plano nacional.

Numa pergunta enviada ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o deputado do Chega considera insuficientes as explicações dadas pelo Governo na quinta-feira passada, após ter chegado a ser admitida a nacionalização, quando foi anunciado o pagamento de 55 milhões de euros a David Neeleman para recuperar a maioria do capital social da TAP (72,5%), mantendo-se Humberto Pedrosa (22,5%) e os trabalhadores da empresa, detentores dos cinco por cento restantes. Também avançada pelo ministro foi a intenção de dispensar o presidente executivo Antonoaldo Neves e o recrutamento de uma nova equipa de gestão.

“Sendo que o dinheiro a ser injetado na TAP é de todos os contribuintes, o processo de reestruturação tem de ser do conhecimento integral de todos”, defende André Ventura na pergunta formulada a Pedro Nuno Santos, instando o Governo a ter em mente os “verdadeiros acionistas” que são “todos aqueles que trabalham e que, dessa forma, contribuem para o crescimento económico do país”.

Considerando que “não se pode usar o seu dinheiro sem lhes prestar contas”, o deputado do Chega salienta que urge saber quando é que o plano do Governo será conhecido pela Assembleia da República e defende que o mesmo estipule que “qualquer entrada de capital público na TAP tenha como retorno um plano de investimento de futuro e de sustentabilidade da empresa”.

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