Depois de ter anunciado a “má notícia” de que em agosto Portugal irá receber menos 400 mil doses da vacina de toma única da Janssen, o coordenador d task force do plano de vacinação contra a Covid-19 adiantou que esta não é a primeira vez que a farmacêutica norte-americana não cumpre com as suas obrigações.
Durante a sua interveção na audição na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença Covid-19 e do processo de recuperação económica e social, no Parlamento, esta sexta-feira, Henrique Gouveia e Melo revelou que Portugal tem um excedente de vacinas da Astrazeneca e que aquelas que têm utilidade não estão a chegar como previsto.
“Estamos a ter mais vacinas do que estava previsto da Astrazeneca porque a Astrazeneca está a compensar o que não nos deu. Só que neste momento, elas não têm utilidade porque a faixa dos 60 anos está praticamente vacinada”, explicou, adiantando ainda que nesta faixa etária estão a ser administradas as últimas segundas doses.
“Não temos em excesso as vacinas que fazem parte do plano ainda com utilidade, uma delas é a Janssen”, disse. “Em julho, a Janssen “tinha prometido entregar 800 mil vacinas e entregou 260 mil vacinas” e “ontem tivemos a notícia de que ia entregar 220 mil vacinas. Tudo isto prejudica as nossas expetativas”, admite.
Apesar desta quebra, graças ao cumprimento da entrega de doses por parte da Pfizer/BioNTech e da Moderna, Portugal tem conseguido manter e até acelerar o ritmo de vacinação.
Neste momento, Portugal tem a capacidade de fazer 95 mil inoculações por dia, sendo que nas últimas duas semanas, foram administradas mais de 1,7 milhões de pessoas.
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