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China garante que vai retomar os contactos comerciais com os Estados Unidos “num futuro próximo”

Ambas as partes deveriam ter reunido no dia 15 de agosto para avaliar a evolução do acordo comercial da primeira fase, embora as negociações tenham sido adiadas e ainda não tenha sido definida uma data para retomá-las.
20 Agosto 2020, 15h10

As delegações dos Estados Unidos e da China retomarão “num futuro próximo” os contatos telefónicos para avaliar o acordo comercial da primeira fase que foi assinado pelos dois países no dia 15 de janeiro, apesar de o presidente norte-americano Donald Trump, ter manifestado esta semana a sua vontade de cancelar as negociações, segundo o “El Economista”.

Um porta-voz do Ministério do Comércio da China garantiu, durante uma entrevista, que os dois países “concordaram em falar sobre esse tema num futuro próximo”. Por sua vez, Donald Trump havia manifestado na terça-feira, dia 18 de agosto, que não estava disposto a continuar a discutir com a China os detalhes do acordo, chegando a afirmar que havia cancelado as negociações.

No entanto, fontes próximas ao presidente dos Estados Unidos disseram ao “Wall Street Journal” que Trump não se referia especificamente ao acordo da primeira fase, mas falava de uma forma generalizada.

Ambas as partes deveriam ter reunido no dia 15 de agosto para avaliar a evolução do acordo comercial da primeira fase, embora as negociações tenham sido adiadas e ainda não tenha sido definida uma data para retomá-las.

Da mesma forma, o Ministério do Comércio chinês lamenta que, por muito tempo, os Estados Unidos tenham recorrido à ‘segurança’ e à ‘emergência’ nacional para restringir ou mesmo proibir as empresas chinesas de realizarem investimentos e atividades comerciais normais no país, impondo vetos às transações com empresas chinesas por razões injustificadas.

O porta-voz do ministério, Gao Feng garantiu que “não existe uma base factual ou jurídica, o que prejudica seriamente os direitos e interesses legítimos das empresas e viola gravemente os princípios básicos da economia de mercado. Isso não é bom para a China, não é bom para os Estados Unidos e não é bom. para o mundo todo”

Nesse sentido, o governante chinês alertou que as medidas adotadas por Washington afetarão a confiança dos investidores nos Estados Unidos e indicou que a China se opõe firmemente ao uso político e à generalização da revisão por motivos de segurança de investimento.

“O governo chinês está determinado a salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas nacionais”, acrescentou Feng.

No dia 14 de agosto, Trump assinou um decreto aprovando um prazo de 90 dias para que a ByteDance, dona da rede social TikTok, encerrasse as suas operações no país e se desfizesse dos dados recolhidos em território norte americano.

O presidente dos Estados Unidos já tinha assinado uma ordem executiva para proibir em 45 dias os negócios com a WeChat, a empresa de serviços de mensagens da empresa chinesa Tencent, bem como com o proprietário da TikTok. Essas pressões somam-se às exercidas contra as atividades da fabricante de equipamentos de telecomunicações Huawei.

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