China injeta 115 mil milhões de euros para estimular economia

O Banco Popular da China começou o novo ano com o anúncio de uma redução da quantia de reserva que os bancos do país precisam para apoiar a economia, uma medida que injetará cerca de 800 mil milhões de yuans (cerca de 115 mil milhões de dólares) em liquidez na economia local.

Esta redução da quantia de reserva irá efetivar-se a partir de 6 de janeiro, altura em que coeficiente de reservas passará a ser de 12,50% para as grandes entidades bancárias e de 10,50% para os prestadores de menor envergadura.

“Esta redução serve como um ajuste contracíclico e liberta mais de 800 mil milhões de yuans a longo prazo, aumentando efetivamente as fontes estáveis de financiamento para que as instituições financeiras apoiem a economia real, reduzindo o custo dos fundos”, explicou o banco central chinês em comunicado.

No entender do Banco Popular da China, a medida vai contribuir para que os bancos comerciais aumentem os seus serviços à comunidade, expressando confiança de que os bancos, independentemente da sua dimensão “farão bom uso dos fundos libertados” para aumentar o seu apoio às PME e ao setor privado. Neste sentido, o banco central chinês calcula que as PME possam receber 120 mil milhões de yuans (15.394 milhões de euros) em fundos a longo prazo, reforçando assim a capacidade de cumprir as suas obrigações.

Apesar desta intervenção, o Banco Popular da China sublinhou que este ajuste do coeficiente de reservas não representa “uma medida indiscriminada de estímulo”, defendendo que a medida é “apropriada e sólida” e que se a sua posição na política monetária mantém-se sem alterações.