A China vai revelar os dados da inflação em fevereiro no dia 9 de março, numa altura em que o país se prepara para revelar detalhes sobre o estímulo fiscal destinado a apoiar o crescimento económico face ao aumento das tensões comerciais nos Estados Unidos, segundo a ‘CNBC’.
Na terça-feira, dia 4 de março, começa a reunião parlamentar anual do país, “Duas Sessões”. Nos últimos anos a conferência tem tido a duração de uma semana, terminando com uma conferência de imprensa.
O esperado é que na reunião de abertura Pequim reveja em baixa a sua meta anual de inflação nos preços do consumidor para cerca de 2%, sendo este o valor mais baixo em mais de duas décadas.
Nos últimos tempos o país tem estado sob pressão deflacionária, com um registo do PIB nominal a crescer mais lentamente do que o PIB real pelo sétimo trimestre consecutivo. Desta forma a meta de 2% da inflação funcionária como um ‘teto’ para este indicador.
Robin Xing, economista chefe para a China na Morgan Stanley refere que “a nossa tese para este ano é que a deflação vai ser persistente”. “A China vai tentar uma nova abordagem, mas vão ser apenas pequenos passos”.
Os analistas não acreditam que Pequim aumente significativamente o estímulo até ao segundo semestre do ano, altura em que a insatisfação da sociedade com a desaceleração económica estará mais generalizada.
Em setembro do ano passado o país anunciou o maior pacote de estímulos à economia desde a pandemia de Covid, no entanto pouco tempo depois os indicadores sobre o ritmo de atividade na indústria e nos serviços voltaram a mostrar sinais de enfraquecimento.
Os investidores têm observado os esforços dos políticos para fazer face ao abrandamento económico do país.
Em janeiro a inflação do país acelerou 0,5% em comparação com o período homólogo, impulsionado pelo consumo doméstico, que registou um aumento devido aos feriados do ano novo Lunar. Já a deflação nas fábricas asiáticas prolongou-se pelo 28.º mês consecutivo, com um declínio de 2,3%.
O consumo doméstico é um ponto crucial para a China, sendo que este pode compensar os efeitos do aumento das taxas alfandegárias impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
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