O governo chinês reconheceu esta quinta-feira que o país vive uma situação “muito grave”, com surtos de peste suína em várias províncias, que resultaram já no abatimento de centenas de milhares de porcos infetados.
“A situação da prevenção e controlo da peste suína africana é muito grave. O surto alastrou-se a 17 províncias e atingiu vastas áreas de criação de porcos, no interior do Sul da China”, afirma o ministério chinês da Agricultura e Assuntos Rurais, em comunicado difundido.
O documento, que é também assinado pelos ministérios dos Transportes e da Seporcorança Pública, aponta o transporte de animais entre províncias como a causa do alastrar da doença, e apela às autoridades locais que reforcem a supervisão.
Serão estabelecidos postos de controlo para “inspecionar de forma rigorosa” todos os veículos que transportam animais vivos, visando acabar com a “distribuição ilegal”. “Os departamentos de pecuária e veterinária devem reforçar a investigação e punições sobre atos ilegais, como transporte de porcos sem certificado de quarentena (…) e romper com a cadeia de tráfico ilegal”, afirma.
A doença afeta porcos e javalis, mas não é transmissível aos seres humanos. No entanto, coloca em risco o mercado chinês, que produz anualmente 700 milhões de porcos.
A carne daquele animal é parte essencial da cozinha chinesa, compondo 60% do total do consumo de proteína animal no país.
Os surtos levaram já ao abatimento de “centenas de milhares” de porcos, segundo a imprensa chinesa.
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