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Cientista da UMinho recebe bolsa de investigação milionária

Rogério Pirraco, do grupo de Investigação 3B’s da Universidade do Minho, vai receber 1,5 milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação.
29 Julho 2018, 13h00

O cientista vai desenvolver nos próximos cinco anos uma nova forma de ligar vasos sanguíneos de pacientes e órgãos e tecidos fabricados em laboratório para transplante.

Rogério Pirraco quer desenvolver uma abordagem inovadora na criação de um leito capilar bioartificial que sirva de interface entre órgãos ou tecidos fabricados em laboratório e a vasculatura de pacientes que deles necessitem. Essa interface permitirá uma fácil ligação cirúrgica entre os vasos sanguíneos dos pacientes e os órgãos e tecidos transplantados, facilitando a perfusão destes últimos e a sua viabilidade após o transplante.

“Esta bolsa resulta do meu empenho e, também, do contexto existente no Grupo 3B’s, onde disponho do apoio incondicional do professor Rui L. Reis, cientista de referência mundial, e de condições únicas para desenvolver a minha investigação e, obviamente, para escrever projetos competitivos”, diz Rogério Pirraco. Explica que se trata de uma “oportunidade única para desenvolver uma tecnologia capaz de superar o problema da deficiente vascularização de órgãos e tecidos desenvolvidos em laboratório”, um dos maiores obstáculos à aplicação clínica de estratégias de Engenharia de Tecidos, com o potencial de tratar milhões de pacientes a necessitar de transplantes.

As bolsas científicas ERC são as mais prestigiadas e competitivas da Europa, sendo atribuídas pela sexta vez ao grupo 3B’s, dirigido por Rui L. Reis. São projetos individuais cuja seleção é fundamentada, em 50%, no currículo do investigador (deve estar no topo dos que trabalham na Europa) e, em 50%, na excelência do projeto a executar, o seu grau de risco e a abordagem radicalmente inovadora e nas fronteiras da ciência.

Rogério Pirraco apresentou o projeto “Engineered Capillary Beds for Successful Prevascularization of Tissue Engineering Constructs” e obteve uma Starting Grant, destinada a quem está a iniciar uma carreira independente e a estabelecer a sua própria linha de investigação, tornando-se assim mais competitivo em temos internacionais e aumentando a visibilidade da investigação europeia.

 

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