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CIN promete transformar Cabo Verde num país plataforma no Atlântico

Na tomada de posse dp gabinete de operacionalização deste Centro Internacional de Negócios, vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, que considerou ser “obrigação” do governo criar novas oportunidades para os jovens.
23 Abril 2019, 13h00

O gabinete de operacionalização do Centro Internacional de Negócios (CIN) tomou posse esta segunda-feira, no Mindelo, com a promessa de tornar Cabo Verde num país plataforma no Atlântico, conforme garantiu o seu coordenador, José Almada. Com a visão de que Cabo Verde precisa “acelerar o passo” para alcançar o almejado crescimento, o coordenador, José Almada, considerou que o CIN é um “bom exemplo” disso, uma vez que, mesmo criado pelo decreto-lei de 2011, só agora ganha um conselho de administração.

Mas agora, disse, o CIN é “diferente” da versão criada em 2011, a que foram introduzidas “alterações importantes” do ponto de vista estratégico. “O CIN deixa de ser um centro virado apenas para a indústria, passando a acolher a logística, comércio, lojas francas, lojas tax free, designadamente nos aeroportos e sobretudo nos portos e ainda vertente de prestação de serviços”, elucidou.

O centro conta com mais dois administradores não executivos, que tomaram posse na tarde desta segunda-feira, no Mindelo. Conforme assinalou José Almada, entre outras mudanças, o CIN passa a marcar todo o território nacional, permitindo a possibilidade de todos os municípios terem parques industriais, comerciais ou de prestação de serviço.

“Outra alteração de relevo é que os parques podem ser ou de iniciativa privada ou municipal”, salientou, indicando que Cabo Verde só será um país plataforma se for também um país de homens e mulheres de negócios, que sejam valorizados. “Vamos trabalhar abnegadamente e com foco nos resultados, que é de transformar o CIN Cabo Verde num centro de negócio transatlântico”, prometeu este responsável, adiantando ainda não haver tempo determinado para o mandato do gabinete de operacionalização e nem um cronograma para execução das atividades.

O CIN tem ainda com dois administradores não executivos. Belarmino Lucas e Miguel Baptista, que foram empossados pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, que considerou ser “obrigação” do governo criar novas oportunidades para os jovens.

Algo que, segundo este governante, só será possível se se conseguir atrair empresas, com resultados para produção e exportação. “É esta a missão e a obrigação do CIN, porque nós temos que diversificar a economia cabo-verdiana e estamos nesta empreitada”, advogou, exemplificando com o hub aéreo do Sal e ainda os incentivos fiscais para atrair pequenas, médias e grandes empresas e assim permitir a criação de empregos.

Neste sentido, asseverou, a questão do tempo mostra-se “muito importante” e é neste sentido, que se pede celeridade nos processos decisórios, para os quais definiu-se 15 dias para desembaraçar as de actividades turísticas e o máximo de 30 dias para os investimentos externos.

“Não há outra forma de melhorarmos a qualidade de vida dos nossos cidadãos, sem empresas, sem empregos e sem rendimentos”, lançou Olavo Correia, que assegura estar “mais de 300 milhões de euros em pipeline” para projectos de investimento privado em São Vicente.

“Temos todos, governo, câmara municipal [de São Vicente] e setor privado de trabalhar para que os privados possam investir nos transportes, na indústria, economia marítima, portos e aeroportos”, concretizou, adiantando que “não é o Estado quem vai criar um futuro melhor para as ilhas, mas sim, cabe-lhe o dever de criar as condições para que este futuro seja garantido”.

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