CMVM suspende negociação das ações da Cofina e Media Capital

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) anunciou esta terça-feira que voltou a suspender a negociação das ações da Cofina e da Media Capital. O conselho de administração do regulador dos mercados impediu a empresa que detém os jornais “Correio da Manhã” e “Jornal de Negócios” e a dona da TVI de manterem os seus títulos a negociar na Bolsa de Lisboa horas depois de o grupo informar que as conversações para comprar a estação de Queluz de Baixo se teriam desenvolvido “de forma intensa nas últimas horas”.

O conselho de administração da CMVM “deliberou, nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários a suspensão da negociação das ações Cofina – SGPS, SA e das ações do Grupo Media Capital, SGPS, SA, aguardando a divulgação de informação relevante ao mercado”, refere o comunicado enviado esta manhã pela entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias. O mesmo tinha sucedido em agosto, quando veio a público que a Cofina e a Prisa estariam a preparar este negócio.

Esta terça-feira à noite a Cofina adiantou que as negociações com a Prisa para a compra da Media Capital continuam a decorrer e têm-se desenvolvido “de forma muito intensa nas últimas horas”, mas esclareceu que ainda “não é possível estimar uma data concreta para a obtenção de um acordo”, após o “Expresso” avançar que “é só esperar mais uns dias” para saber o futuro da TVI.

Já no final da semana passada, o semanário da Impresa e o jornal online “Eco” haviam noticiado que o negócio de 255 milhões de euros ficava fechado esta quarta-feira. Segundo os jornais suprarreferidos, a Cofina conta com dois financiadores internacionais (o banco espanhol Santander e o francês Société Générale e dois novos acionistas (Abanca e o empresário português Mário Ferreira).

Notícia atualizada às 8h07