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Cofina diz que “continuam a decorrer negociações” para comprar TVI

Depois de os jornais “Expresso” e “Eco” noticiarem que o negócio de 255 milhões de euros ficará fechado na próxima semana, o grupo que detém o “Correio da Manhã” disse que as conversações com a Prisa se mantêm.
  • Cofina detém os títulos do “Correio da Manhã”, do “Jornal de Negócios”, da revista “Sábado” e do diário desportivo “Record”, entre outros, e quer adquirir a dona da TVI.
14 Setembro 2019, 09h59

A Cofina esclareceu esta sexta-feira à noite que as negociações com a Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, continuam a decorrer. O anúncio ocorreu pouco depois de os jornais “Expresso” e “Eco” noticiarem que o negócio de 255 milhões de euros ficava fechado já na próxima semana.

A pedido da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo que detém o “Correio da Manhã” adiantou que “continuam a decorrer negociações com a Promotora de Informaciones (Prisa), sem que exista qualquer acordo, relativas à potencial aquisição da participação da Prisa na Grupo Media Capital SGPS (Media Capital), detida através da Vertix SGPS (Vertix)”.

Segundo os jornais suprarreferidos, a Cofina conta com dois financiadores internacionais (o banco espanhol Santander e o francês Société Générale e dois novos acionistas (Abanca e o empresário português Mário Ferreira). A empresa de Paulo Fernandes não confirma esta informação e apenas refere, no comunicado divulgado pelo regulador dos mercados, que irá prestar “os esclarecimentos adicionais que se justifiquem” se existirem desenvolvimentos nas conversações entre as partes.

Em meados de agosto, o “Expresso” avançou que Paulo Fernandes, dono da Cofina, decidiu entrar em negociações exclusivas para a compra da TVI à espanhola Prisa. O CEO do grupo que detém também publicações como o desportivo “Record” e a newsmagazine “Sábado” teria assinado um memorando com a Prisa três semanas antes, que lhe garante exclusividade nas negociações. O processo de venda teria tido início após a saída de Rosa Cullell da direção executiva da Prisa e depois de fracassadas negociações com a Altice, bem como do interesse de outros dos potenciais compradores como Mário Ferreira.

Dois dias depois, a Cofina clarificou à CMVM, em virtude de uma suspensão de negociações das ações do grupo de comunicação, que admite lançar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) à Media Capital. “Caso as negociações com a Prisa sejam concluídas com a celebração de um contrato de compra e venda, a Cofina procederá simultaneamente à divulgação de um anúncio preliminar de oferta pública de aquisição sobre as ações remanescentes da Media Capital”, adiantou, em comunicado.

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