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Com PSD, “melhoria teria ocorrido mais rapidamente”, diz Passos Coelho

O líder do PSD acredita que se não tivesse havido uma alteração de governo, o upgrade no rating de Portugal teria ocorrido mais rapidamente. Passos Coelho defendeu ainda que o anterior executivo lutou muito para que a acontecesse.
15 Setembro 2017, 22h25

Pedro Passos Coelho reconhece que a decisão da agência de notação financeira Standard and Poor’s de tirar Portugal do nível de ‘lixo’ é uma “boa notícia”, mas acredita que se o PSD tivesse continuado no Governo nas últimas eleições legislativas, teria acontecido mais depressa.

“Se não tivéssemos tido uma alteração de governo, muito provavelmente essa melhoria teria ocorrido mais rapidamente”, disse o líder do PSD, em declarações citadas pela agência Lusa. Passos Coelho sublinhou que o anterior Executivo PSD/CDS-PP “lutou muito” para que esta subida de rating acontecesse.

“Vem assim um bocadinho mais tarde do que em circunstâncias normais teria acontecido, mas é indiscutivelmente uma excelente notícia era aquilo que faltava para Portugal neste caminho de recuperação pudesse plenamente receber o investimento graduado”, acrescentou.

Atribuiu, no entanto, também mérito ao Governo de António Costa. O atual Executivo “tem o mérito de ter conseguido nestes dois anos provar que os receios que os investidores tinham eram infundados porque o Governo acabou por garantir as metas que eram importantes para os que estabelecem o rating para o país”, afirmou.

“Quanto à utilização que o Governo vai fazer deste resultado, veremos. Se for consistente com o seu comportamento nestes dois anos, quererá apresentar este resultado como uma derrota do PSD”, alertou, dizendo que o partido se habituou a “uma retórica que não é séria”.

A S&P subiu o rating da República portuguesa para o patamar de investimento, no nível BB-/A-3, do anterior BB+B, esta sexta-feira. A decisão foi justificada pela melhoria das previsões para o crescimento do PIB de Portugal até 2020, a redução do défice orçamental e a redução dos riscos de deterioração das condições de financiamento externas.

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