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Comandos traficaram 1,5 milhões em diamantes de sangue

O ouro e diamantes eram trazidos de África a bordo de aviões da Força Aérea Portuguesa. Depois, eram vendidos em Antuérpia, com o dinheiro a ser lavado através da compra de moedas virtuais, revela hoje o “JN”.
9 Novembro 2021, 07h56

Os 10 comandos e ex-comandos detidos na segunda-feira pela Policia Judiciaria (PJ) são suspeitos de traficarem 1,5 milhões de euros em ouro e diamantes, revela hoje o “Jornal de Notícias”. Os suspeitos compravam diamantes de sangue – pedras preciosas extraídas em zonas de guerra – na República Centro Africana durante as missões de paz das Nações Unidas em que Portugal tem vindo a desempenhar naquele país.

Depois, eram colocados em tubos de charutos na bagagem pessoal dos militares de regresso a casa nos aviões da Força Aérea Portuguesa. Chegados ao aeroporto militar de Figo Maduro em Lisboa, o controlo é inexistente, logo facilitando a entrada das pedras preciosas ilegais no país.

Mais tarde, os diamantes eram levados por estes suspeitos em viaturas civis até à cidade de Antuérpia, na Bélgica, para serem vendidos num dos maiores centros de negócios de diamantes a nível mundial. O esquema era depois concluído com a lavagem de dinheiro. Cerca de 40 indivíduos, já constituídos arguidos, aceitaram empresas as suas contas bancárias para serem efetuados depósitos. Este dinheiro era depois usado para comprar moedas virtuais, limpando assim o rasto da origem do dinheiro.

 

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