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Começou a corrida dos resultados e ao jackpot dos recordes em Wall Street

Um alerta para a importância desta earnings season que tem hoje o seu primeiro dia relevante, visto que as avaliações das empresas estão já acima da média de longo prazo nos 17,5 contra os 16,4 no price-to-earnings, o que implica a necessidade de muitas surpresas positivas e revisões em alta do outlook, caso Wall Street queira ter como destino novos máximos históricos.
12 Abril 2019, 07h45

Nas véspera do tiro de partida para a mais importante corrida dos resultados dos últimos anos em Wall Street, foi com naturalidade que os índices norte-americanos vaguearam de novo por águas de incerteza e com pequenas variações ocasionais derivadas de comportamentos de algumas empresas relevantes, como foi o caso da Apple que ao ceder -0.83% condicionou negativamente tanto o Dow Jones, como principalmente o Nasdaq, com o índice industrial a ser resgatado das perdas devido ao bom desempenho da Boeing, que se livrou de uma série negra de quatro sessões a perder valor, sendo no entanto de destacar a queda expressiva de -4,31% nos títulos da UnitedHealth, após o secretário dos serviços humanos e de saúde dos EUA ter sugerido medidas políticas que podem afectar a rentabilidade do sector farmacêutico, uma intenção na linha do já referido várias vezes por Trump, nomeadamente sobre o preço de alguns medicamentos.

O sector da saúde acabou assim por registar o pior desempenho no S&P500 com uma queda de -1,12%, bem superior aos restantes dois únicos sectores que terminaram no vermelho, tecnológicas e materiais, que não atingiram sequer os -0.15% de perda. Do lado positivo as financeiras averbaram o segundo maior ganho do dia a seguir às industriais, beneficiado da subida das yields do tesouro norte-americano e em antecipação aos resultados que vão ser hoje anunciados pelo J.P. Morgan e Wells Fargo. A subidas da yields deveu-se em boa parte aos dados acima do previsto que saíram que condicionam a inflação, como o índice de preços no produtor excluindo os sectores mais voláteis como a alimentação e energia. Igualmente bullish foi o facto dos pedidos semanais de desemprego nos EUA terem caído para mínimos de 1969.

Dados económicos que ajudaram a moeda norte-americana a valorizar 0,3% contra um cabaz de outras moedas principais, empurrando o Euro e a Libra inglesa para perdas de -0,2%, enquanto que o Yen foi o mais castigado com a pressão vendedora e recuou -0.6% para os 111.64. Destaque para a desvalorização de -1% de um cabaz com as principais matérias primas, onde se incluíram as quedas de -1.4% tanto no WTI crude, como no preço do Ouro, para os $63.72 por barril e $1,295 por onça respectivamente.

Termino com mais um alerta para a importância desta earnigns season que tem hoje o seu primeiro dia relevante, visto que as avaliações das empresas estão já acima da média de longo prazo nos 17,5 contra os 16,4 no price-to-earnings, o que implica a necessidade de muitas surpresas positivas e revisões em alta do outlook, caso Wall Street queira ter como destino novos máximos históricos.

O gráfico de hoje é da Alibaba, o time-frame é Diário

A gigante tecnológica chinesa tem beneficiado de um padrão de duplo fundo com divergência no stochastic (linhas amarelas), e tem como objectivo para o long a linha azul

 

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