A Comissão Europeia aprovou esta quinta-feira, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da União Europeia, a compra do controlo exclusivo sobre a Cimpor – Cimentos de Portugal pela turca Ordu Yardimlaşma Kurumu (OYAK).
Bruxelas concluiu que, embora tanto a Cimpor como o fundo de pensões OYAK estejam ativos na indústria do cimento, “a operação proposta não suscitaria preocupações em matéria de concorrência devido à ausência de sobreposições verticais ou horizontais, uma vez que as duas empresas não desenvolvem atividades nos mesmos mercados geográficos”.
A instituição europeia liderada por Jean-Claude Juncker refere que a transação “foi examinada no âmbito do procedimento simplificado no contexto do procedimento de exame da concentração”.
A 26 de outubro de 2018, os brasileiros donos da cimenteira nacional e o conglomerado industrial e financeiro OYAK assinaram um contrato com vista à aquisição pelos turcos de todos os ativos que compõem a unidade de negócio de Portugal e Cabo Verde da Cimpor. O valor do negócio não foi revelado mas a agência “Reuters” noticiou, na altura, que a InterCement encaixaria 700 milhões de euros.
A InterCement – empresa do grupo Camargo Corrêa que atua na produção de cimentos e responsável pela compra da Cimpor em 2012 por 1,5 mil milhões de euros – assinou com o grupo OYAK um contrato “que tem como objeto a venda de todos os ativos que compõem a unidade de negócio de Portugal e Cabo Verde”, referia o comunicado, divulgado nessa data.
Através desta aquisição, a OYAK integrará no seu portefólio as três fábricas e as duas moagens de cimento, as 20 pedreiras e as 46 centrais de betão localizadas em Portugal e em Cabo Verde. As atuais estruturas diretivas das áreas produtivas e dos serviços centrais da Cimpor em Portugal e Cabo Verde manter-se-ão em funções, garantiram as partes.
Notícia atualizada às 12h30
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