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Comissão e folga orçamental vão pagar o Plano de Estabilização

O Pacto de Estabilidade anunciado hoje vai distribuir financiamento em todas as direções. Mas o primeiro-ministro está convicto que não haveria qualquer dificuldade em cumprir aquilo que foi estipulado em Conselho de Ministros.
4 Junho 2020, 21h38

A flexibilização do Pacto de Estabilidade por parte da Comissão Europeia e “a margem que temos da gestão orçamental” são as chaves para que o Plano de Estabilidade Económica e Social, hoje longamente debatido em Conselho de Ministros, seja possível em termos financeiros – apesar de elencar investimentos em praticamente todas as direções – disse o primeiro-ministro.

Em entrevista à TVI, António Costa remeteu para o Orçamento Suplementar, prestes a ser apresentado na Assembleia da República, a divulgação mais fina da forma como todo o esforço do novo plano em termos de financiamento. De qualquer modo, Costa disse que “esta fase é fundamental para relançar a economia”, sem a qual todo o esforço será em vão. Para já, afirmou, o país, como todos os restantes 26 da União, estão suspensos pela decisão final em torno do financiamento que será oriundo de Bruxelas – mas as contas já ldevam em consideração esses montantes.

Relativamente ao financiamento das empresas, António Costa demorou-se a explicar as virtudes do novo banco de fomento – que irá substituir um outro criado pelo anterior governo do PSD e que nunca chegou a funcionar como tal – que, disse, está prestes a surgir. Aparentemente, o banco irá ser não apenas grossista mas também retalhista – o que não estava inicialmente previsto e retira a banca comercial dos sistemas de incentivo, indo assim ao encontro de uma pretensão antiga de muitos empresários, que sistematicamente ficam às portas dos bancos sem acederem a quaisquer financiamentos.

António Costa mostrou-se pouco disponível para especular sobre a questão da eventual saída do ministro das Finanças, Mário Centeno. Já sobre a TAP, o primeiro-ministro afirmou que as negociações estão a 2correr de forma tranquila” e que não há nenhuma evidência de que o acordo de financiamento não venha a ocorrer.

António Costa disse ainda que provavelmente, “no dia 15 de junho”, uma vez que se mantenham as condições atuais, o confinamento especial mantido para a região de Lisboa e Vale do Tejo será levantado.

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