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Como a região com maior igualdade de género no mundo aconselha a investir

O banco dinamarquês Nordea defende que os investidores que procuram um retorno mais estável devem apostar em empresas lideradas por mulheres.
4 Março 2018, 12h00

Os três países com maior igualdade de género no mundo são todos nórdicos – Islândia, Noruega e Finlândia. O banco dinamarquês Nordea analisou as 100 maiores cotadas da região, comparando dados como a evolução do preço das suas ações ao longo de 12 anos até 2016, e apercebeu-se de que “a volatilidade no retorno de capital era muito menor nas empresas com maior diversidade de género na liderança”.

A instituição financeira sediada em Copenhaga mostrou, no relatório “Nordea On Your Mind”, que as empresas com uma gestão mais diversificada de género tinham 40% menos volatilidade no retorno do que as outras. O Nordea acredita que isto se deve à ideia de que as mulheres têm melhores capacidades de gestão ou à tendência de as empresas de sucesso serem mais propensas a contratar executivas, enquanto as que têm mais dificuldades fazem uma presumida aposta ‘segura’ ao contratar um homem.

Já no verão passado, o Nordea analisou cerca de 11 mil empresas públicas a nível mundial, nos últimos oito anos, e concluiu que, em média, as empresas que tinham uma diretora-executiva ou uma presidente do conselho de administração apresentavam um retorno anual de 25%. “Se investir numa empresa com uma mulher a coordenar estará a superar o mercado”, afirmou Robert Naess, responsável pelo estudo do banco dinamarquês.

Em Portugal, a maioria dos cidadãos (76%) considera que a posição das mulheres no país melhorou na última década, de acordo com as conclusões do Consumer Confidence Index (Women & Diversity), elaborado pela empresa de estudos de mercado Nielsen.

Portugal ‘brilha’ num quadro europeu em que 26% dos cidadãos concorda que o papel do homem é ganhar dinheiro e o da mulher passa pela gestão da casa e das rotinas familiares, ao apresentar a percentagem de ‘apenas’ 13% da população com esta perspetiva. Segundo o mesmo estudo, 60% dos portugueses concordam que ainda há diferenças significativas entre os dois géneros quando se trata de funções de liderança, uma vez que acreditam que as mulheres têm de trabalhar mais do que os homens para demonstrar o seu valor.

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