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Como promover o aumento do salário mínimo? Servir num bar. Foi o que fez Ocasio-Cortez

De origem latina, e muitas vezes criticada por não ser ‘100% americana’, Ocasio-Cortez aproveitou o Twitter para atacar os seus críticos. “Para os ricos que estão a dizer que vão tornar a AOC, novamente, numa empregada de bar: Estão com sorte! Vou estar atrás do balcão em Nova Iorque para promover um salário nacional”.
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31 Maio 2019, 18h46

Sempre presente no Congresso dos Estados Unidos da América a lutar por causas que lhe são próximas, Alexandria Ocasio-Cortez deixa o lugar e vai servir atrás de um bar, tudo para promover o aumento do vencimento mínimo, noticia o jornal ‘Business Insider’.

Nativa da área “problemática” do Bronx, a ativista vai voltar a servir bebida no distrito onde já trabalhou, estando o evento a ser promovida pela organização ‘Centros de Oportunidades de Restaurantes’. Ocasio-Cortez está a tentar obter apoio para que a lei sobre o aumento salarial avance, sendo uma medida que iria dobrar o salário mínimo até 2024.

De origem latina, e muitas vezes criticada por não ser ‘100% americana’, Ocasio-Cortez aproveitou o Twitter para atacar os seus críticos. “Para os ricos que estão a dizer que vão tornar a AOC, novamente, numa empregada de bar: Estão com sorte! Vou estar atrás do balcão em Nova Iorque para promover um salário nacional”.

De acordo com a lei dos Estados Unidos, há muitos estados em que os trabalhadores que recebem gorjetas podem receber menos que o salário mínimo. “Estamos agradecidos à deputada Alexandria Ocasio-Cortez, que entende as lutas desses trabalhadores”, referiu o presidente do evento ao jornal ‘Daily News’. “Como uma antiga trabalhadora que recebia gorjetas, a deputada pode indicar a importância de um salário justo”, indicou o responsável.

Antes de subir ao Congresso e chocar o mundo político, a ativista trabalhou como empregada de bar até 2018. Ocasio-Cortez, além de defender as minorias e se juntar a causas sociais com impacto político, defende o trabalho na indústria. “Acho revelador quando as pessoas gozam com as minhas origens e dizem que me vão enviar para voltar a servir o público”, sustenta a deputada, “como se isso fosse mau ou vergonhoso”.

https://twitter.com/JStein_WaPo/status/1011791408162799618?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1011791408162799618&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.businessinsider.com%2Falexandria-ocasio-cortez-bartend-higher-minimum-wage-2019-5

Na rede social Twitter, em março, Ocasio-Cortez escreveu que as pessoas pensam que, por ela ser um membro do Congresso norte-americano isso a torna “melhor” do que um cidadão que trabalha com o público. “O nosso trabalho é servir, não governar”, sublinhou a deputada.

Em 2018, pouco depois de ser eleita para o Congresso e se tornar a mulher mais nova a atingir tal posição, o jornalista do ‘The Washington Post’, Jeff Stein, publicou uma fotografia da deputada que remonta a novembro de 2017, enquanto esta trabalhava no bar em Nova Iorque. Depois de 35.446 partilhas e 133.729 gostos, o tweet conta com elogios à ativista dizendo que “qualquer coisa é possível”, enquanto outro cidadão norte-americano sustentou que a deputada frequentou a universidade de Boston e estudou economia e relações internacionais, além de não ter recebido fundos privados para a sua campanha.

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