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Compra de Obrigações portuguesas pelo BCE cai para novo mínimo em maio

No mês passado, a instituição liderada por Mario Draghi diminuiu o ritmo da compra total de ativos da zona euro para 60 mil milhões de euros por mês. O valor das bonds portugueses caiu para um novo mínimo de sempre: 504 milhões euros, longe do pico de há um ano.
6 Junho 2017, 14h52

O Banco Central Europeu (BCE) voltou a diminuir a compra de Obrigações do Tesouro (OT) português em maio. Segundo os dados divulgados esta terça-feira, a instituição liderada por Mario Draghi adquiriu 504 milhões de euros em bonds portugueses no Programa de Compra de Ativos do Setor Público (PSPP).

O programa está em vigor desde março de 2015 e este é o valor mais baixo de sempre. Em abril, o BCE tinha comprado 526 milhões de euros em obrigações nacionais. Com os valores de maio, o total de dívida pública portuguesa comprada pelo BCE ao longo do programa de estímulos sobe para 27,647 milhões de euros.

O BCE tem vindo a diminuir o ritmo na compra de títulos de dívida nacionais depois de novembro, tendo março sido uma exceção. O mês em que o BCE comprou mais obrigações portuguesas foi precisamente há um ano, quando o valor alcançou os 1.451 milhões de euros.

O valor total das obrigações de países da zona euro compradas pelo banco central em maio situou-se nos 51,490 mil milhões de euros. No total do programa, ascende a 1,587,017 milhões de euros.

Tal como anunciou em dezembro, o BCE reduziu em abril o total do valor da compra de ativos da zona euro para 60 mil milhões de euros mensais, face aos anteriores 80 mil milhões. Apesar disso, Mario Draghi tem afirmado que a redução não significa o fim do programa, que está planeado até ao fim do ano.

Quando é que o BCE irá iniciar o tapering, ou seja o fim gradual dos estímulos à economia da zona euro, mantém-se uma das incógnitas. Esta quinta-feira, o conselho de governadores do BCE volta a reunir-se com os mercados à espera de pistas sobre o futuro da política monetária na Europa. No entanto, o consenso dos analistas consultados pela Reuters é que a BCE não faça, para já, alterações às taxa de juro ou ao programa.

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