[weglot_switcher]

Comprar a crédito é uma boa decisão?

Compre agora e pague depois! Quem não se sentiu tentado a fazê-lo? Analise o recurso ao crédito para a aquisição de bens de consumo, uma prática cada vez mais comum por parte das famílias portuguesas.
23 Novembro 2018, 10h00

  • Comprar a crédito é uma boa decisão? Com cartão de crédito ou empréstimo pessoal?

É fácil comprar usando o cartão de crédito ou contratando um crédito. No caso do empréstimo pessoal, este crédito é chamado de fácil aprovação, mas não é barato. As letras miudinhas, pouco claras, desincentivam a leitura dos contratos e dificultam (muito!) a explicação dos encargos   elevados   que terá de pagar. As palavras “custos” e “juros” estão sempre presentes, pelo que o consumidor deve pensar duas vezes antes de usar o cartão ou o crédito pessoal para fazer as compras de Natal.

  • Não tenho outra solução, vou pagar com o cartão de crédito. O que devo saber?

Se a compra tem um valor baixo, a opção é razoável no que respeita ao contornar das despesas de dossiê e das comissões. Porém, os juros são altos. Deve recolher toda a informação primeiro para não ser apanhado de surpresa.

  • O crédito pessoal afinal tem juros menores. Não valerá a pena esta opção?

É certo que temos juros mais baixos, mas os pagamentos de comissões, seguros e outras despesas acabam por tornar o valor a pagar elevado. Esta opção só merece ponderação a partir de montantes mais significativos, por exemplo, 5 mil euros. Mais uma vez aconselhamos a que se informe antecipadamente de todos os encargos.

  • Que riscos corro ao contratar o “crédito fácil”?

Muitos  dos  créditos   de    fácil   aprovação   comportam   encargos   elevados, que surpreendem sempre os consumidores  quando  estes se  deparam  com dificuldades de pagamento. A linguagem pouco acessível e a apresentação da informação pouco apelativa desincentiva a leitura de informação contratual fomentando dúvidas relativamente às condições a que os consumidores se encontram vinculados. Uma das dúvidas mais frequentes prende-se com a duração do contrato uma vez que a mensalidade vai aumentando enquanto o valor do capital amortizado é reduzido. Estas situações geram um sentimento de angústia e incerteza quanto à possibilidade de cumprimento da obrigação. Estes contratos de crédito comportam condições bastante penalizadoras que se traduzem em taxas de juro elevadas (TAN) e encargos adicionais, tais como, comissões e seguros o que aumenta a taxa anual efetiva global (TAEG).

Tenho alguma possibilidade de voltar atrás na minha decisão de contratar um crédito?

Tem um período de 14 dias a partir da data de assinatura para desistir do seu contrato de crédito sem necessidade de invocar qualquer justificação. Contudo, em caso de exercício do direito de resolução fica obrigado a devolver, no prazo de 30 dias, o capital emprestado e os juros vencidos desde a data da utilização do crédito até ao momento do reembolso do capital calculado com base na taxa nominal do contrato. Saiba mais aqui.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.