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Confederação do Turismo saúda “acordo entre acionistas” da TAP

“Todos conhecemos as dificuldades em que se encontra a TAP, mas também o quanto é determinante para a economia e para o turismo nacional”, realça Francisco Calheiros, presidente da CTP.
  • Cristina Bernardo
3 Julho 2020, 13h34

A Confederação de Turismo de Portugal (CTP) saúda o acordo entre acionistas diz que o “turismo precisa de uma TAP forte e competitiva”.

A Confederação liderada por Francisco Calheiros considera positivo que o Estado e os acionistas privados tenham chegado a um acordo para a TAP e “apela a todos os intervenientes neste processo que invistam na recuperação da companhia aérea neste contexto particularmente adverso para o setor da aviação”.

“Todos conhecemos as dificuldades em que se encontra a TAP, mas também o quanto é determinante para a economia e para o turismo nacional”, realça Francisco Calheiros, presidente da CTP.

“A recuperação da companhia depende da sua capacidade de financiamento e de uma equipa sólida de gestão que assegure a sua sustentabilidade. Sabemos que serão muitos e complexos os desafios que existem pela frente, mas a CTP estará ao seu lado neste esforço, porque o turismo precisa de uma TAP forte e competitiva”, acrescenta o presidente da Confederação.

O Governo anunciou, ontem, quinta-feira, um acordo com os acionistas privados da TAP que vai traduzir-se na saída de David Neeleman e no reforço da posição acionista do Estado de 50% para 72,5% por 55 milhões de euros.

Segundo o Governo este reforço na TAP evita a nacionalização. Agora, “a TAP tem de passar por um processo de reestruturação”, lembra o  ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos. Antonoaldo Neves está de saída da liderança da empresa. O governo vai subcontratar uma empresa para selecionar uma nova equipa para gerir a TAP. “Faremos um processo de seleção contratando uma empresa que tem no quadro da sua atividade procurar no mercado internacional uma equipa qualificada para gerir a TAP”, disse o ministro.

A Atlantic Gateway passa, então, a ser controlada por apenas um dos acionistas que compunha o consórcio, o português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro. O dono da companhia aérea Azul, David Neeleman, sai assim da estrutura acionista da TAP.

A Comissão Europeia aprovou em junho um auxílio de emergência português à TAP, que se traduz num apoio estatal de até 1.200 milhões de euros para responder às necessidades imediatas de liquidez.

A TAP representa um terço dos passageiros dos aeroportos portugueses, 10 mil empregos diretos e 100 mil postos de trabalho indiretos. É um grande comprador nacional, em 2019 pagou 1,2 mil milhões de euros a fornecedores portugueses, é dos maiores exportadores nacionais (no que toca serviços é o maior exportador nacional) e é um grande contribuidor para as contas externas”, argumentou Miguel Frasquilho, numa entrevista  à Antena 1.

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