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Confederação rejeita escassez de alimentos no futuro mas alerta para falta de mão de obra e máquinas agrícolas

O grupo concluiu que o risco de virem a faltar bens alimentares nos principais canais de distribuição não está em cima da mesa, mesmo depois da polémica levantada pelo sector da distribuição.
23 Novembro 2021, 16h50

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal (CONFRAGI) não considera que se venha a assistir a ruturas no abastecimento agroalimentar, mas alerta para a falta de tratores e mão de obra. As conclusões resultam da primeira reunião do grupo de acompanhamento e avaliação das condições de abastecimento de bens nos sectores agroalimentar e de retalho, coordenado pelos ministros da Economia, das Infraestruturas e da Agricultura.

“Neste momento não se perspetivam ruturas no abastecimento agroalimentar, apesar de existirem outras situações emergentes, nomeadamente no que diz respeito à distribuição, uma vez que o sector dos transportes está a ser fortemente condicionado, não só pela falta de mão de obra, mas também pelo agravamento do custo dos combustíveis, questão que está longe de ser resolvida”, afirma a confederação.

O grupo concluiu que o risco de virem a faltar bens alimentares nos principais canais de distribuição não está em cima da mesa, mesmo depois da polémica levantada pelo sector da distribuição. Por outro lado os custos da energia, adubos, pesticidas, mão de obra e outros fatores de produção estão a “esgotar a tesouraria dos agricultores, uma vez que estes não conseguem refletir nos preços finais os agravamentos de custos com que estão a ser confrontados, o que está poderá levar ao abandono da atividade agrícola”, sublinha a CONFAGRI.

Na mesma reunião, a CONFAGRI afirma que, apesar da aprovação das candidaturas à renovação do parque de tratores, “não existe oferta destes equipamentos no mercado devido à rutura de stocks que se está a generalizar um pouco por toda a Europa”.

“Esta situação também está a gerar uma onda de insatisfação junto dos agricultores que têm as suas candidaturas aprovadas, mas com limitações de prazos a cumprir. Numa altura em que não há forma de assegurar o aprovisionamento de novos tratores, seria indispensável aprovar o alargamento dos prazos deste concurso”, revela a confederação.

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