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Confiança do consumidor atinge máximos históricos

Portugueses deixaram de se preocupar com o estado da economia do país e priorizam agora a saúde e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Devido ao crescente mediatismo que o tema tem vindo a conquistar em anos recentes, também o aquecimento global se tornou numa preocupação ocupando o terceiro lugar.
20 Novembro 2019, 20h06

Invertendo o seu histórico pessimismo, os portugueses revelam um nível de otimismo superior ao registado na Europa, numa tendência visível ao longo do último ano e que permite ultrapassar países como Espanha, França e Itália.

Segundo os resultados do estudo “The Conference Board Global Consumer Confidence Survey” da Nielsen, no terceiro trimestre de 2019, os portugueses voltaram a mostrar-se mais confiantes do que os consumidores a nível europeu. O grau de confiança registado entre os consumidores portugueses manteve o seu máximo histórico, acima da média europeia e superando os resultados de países próximos.

O estado atual da economia deixou de ser uma preocupação para mais de metade dos portugueses. Cerca de 54% dos inquiridos não consideram que o país se encontre em recessão (contra apenas 22% em Itália, 36% em França e 37% em Espanha). Também cerca de metade afirmam encontrar boas ou excelentes perspetivas laborais e financeiras no próximo ano para o seu país.

Quando questionados sobre o que fazem após pagar as principais despesas que têm a seu cargo, cerca de metade dos portugueses responderam que a escolha passa por poupar. A necessidade de “fugir” à rotina e a procura por novas experiências é patente no facto de 31% dos portugueses optarem por gastar o dinheiro acumulado em férias e viagens, uma tendência associada a um estilo de vida mais preenchido e à busca por tempo de qualidade fora do contexto de trabalho.

Após pagarem as suas despesas habituais, são cada vez menos os portugueses que dizem que não lhes sobra dinheiro (apesar de ainda representarem 1/6 da população).

Principais preocupações

A saúde e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional assumem um carácter prioritário nas principais preocupações dos consumidores portugueses. Estes são os dois desafios recorrentemente apontados como os mais relevantes para os consumidores em Portugal.

As preocupações pelo aquecimento global aumentaram comparativamente ao período hómologo. Segundo os dados da Nielsen, no ano passado, apenas 12% dos inquiridos referia este aspeto como preocupação. Este ano quase que duplica, situando-se nos 21%. Portugal tornou-se o 5º país do mundo que mais se preocupa com esta temática. Estes resultados estão em linha com o crescente mediatismo que o tema tem vindo a conquistar em anos recentes. A discussão em torno do impacto das alterações climáticas supera mesmo questões como a economia ou o emprego.

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