Confiança dos consumidores e clima económico aumentam em agosto (com áudio)

A confiança dos consumidores e o clima económico aumentaram em agosto, depois da diminuição verificada em julho. Os dados publicados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam ainda que os indicadores de confiança dos consumidores e sectoriais se situam acima dos níveis observados em março do ano passado, no início da pandemia.

“O indicador de confiança dos consumidores recuperou em agosto da diminuição observada no mês precedente, após os aumentos verificados nos últimos quatro meses, de forma ténue em junho”, explica o organismo de estatística.

De acordo com o INE, esta evolução resultou sobretudo do contributo positivo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país, com um contributo positivo também das opiniões sobre a evolução passada e futura da situação financeira do agregado familiar e expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes.

Com o levantamento das restrições, verifica-se que o saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país “aumentou significativamente em agosto”, recuperando da diminuição registada no mês precedente e o saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar “aumentou em agosto, após as diminuições observadas em junho e julho”.

Os dados mostram também o indicador de clima económico aumentou em agosto, depois de ter interrompido no mês anterior o perfil ascendente observado entre março e junho. Verificou-se assim que os indicadores de confiança aumentaram em agosto na construção e obras públicas, no comércio e nos serviços, sobretudo no primeiro caso, enquanto o indicador de confiança na indústria transformadora diminuiu nos últimos dois meses.

Confiança na indústria transformadora cai

Ao contrário dos restantes segmentos, nos quais recuperou, o indicador de confiança da indústria transformadora diminuiu em julho e agosto, “suspendendo o perfil de recuperação observado nos cinco meses precedentes”. Segundo o INE, em agosto, “a evolução do indicador deveu-se ao contributo negativo das expectativas de produção, tendo as opiniões sobre a evolução da procura global e as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados contribuído positivamente.”

Os dados apontam para uma diminuição do indicador de confiança nos agrupamentos dos bens de consumo e bens intermédios, tendo aumentado no agrupamento de bens de investimento.

“O saldo das apreciações sobre a procura global aumentou em agosto, após ter diminuído no mês precedente. As opiniões relativas à procura interna, considerando as empresas com produção orientada para o mercado interno, recuperaram no último mês, após os agravamentos verificados em junho e julho”, refere o INE, dando nota que da mesma forma, as apreciações relativas à procura externa, considerando as empresas com produção orientada para o mercado externo, recuperaram em agosto.