[weglot_switcher]

Confinamento leva a quebra de 5,4% da economia no primeiro trimestre (com áudio)

Crescimento da economia portuguesa caiu nos primeiros três meses do ano, devido aos efeitos do novo confinamento. O Produto Interno Bruto registou uma contração de 3,3% face ao último trimestre do ano passado.
30 Abril 2021, 09h31

A economia nacional arrancou o ano com uma queda de 5,4%, em termos homólogos, no primeiro trimestre do ano, a sofrer o impacto do confinamento, revela a estimativa rápida publica esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados do organismo de estatística apontam ainda para um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,3% em cadeia, ou seja, em relação ao último trimestre do ano passado.

“O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de -5,4% no primeiro trimestre de 2021 (-6,1% no trimestre anterior), refletindo os efeitos do confinamento geral decretado no início deste ano devido ao agravamento da pandemia Covid-19”, anuncia o INE.

O instituto de estatística salienta, no entanto, que a evolução em termos homólogos é influenciada por um efeito base, uma vez que, “pela primeira vez, a comparação incide sobre um trimestre já afetado pela pandemia no último mês”, ou seja, março do ano passado.

A penalizar o crescimento do PIB esteve um contributo mais negativo da procura interna no primeiro trimestre deste ano face a ao trimestre anterior, reflexo sobretudo de uma “redução mais acentuada” do consumo privado. Por outro lado, a procura externa  líquida apresentou “um contributo menos negativo que no quarto trimestre”. Ainda assim, as exportações de bens e serviços continuam a cair mais do que as importações de bens e serviços, salientando-se em particular “a redução muito significativa do turismo de não residentes”.

Face aos últimos três meses do ano passado, o PIB diminuiu 3,3% em volume, depois do ligeiro crescimento de 0,2% no trimestre anterior. A explicar esta evolução estão sobretudo as “limitações à mobilidade em consequência do agravamento da crise pandémica no início do trimestre”, que levaram a um novo confinamento. Segundo o INE, “os contributos da procura interna e da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foram ambos negativos, sendo particularmente intenso no primeiro caso”.

(Atualizado às 09h47)

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.