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Conflitos laborais penalizam investidores estrangeiros

Tensão crescente entre as administrações e os sindicatos está a afetar a atividade da Somincor ou da Autoeuropa.
  • Luis Viegas
14 Dezembro 2017, 06h55

Além da TAP, que tem como acionistas de referência o empresário norte-americano David Neeleman e a companhia de aviação chinesa Hainan, o ambiente de conflito laboral está a afetar outras empresas portuguesas de referência que dependem exclusivamente do IDE – Investimento Direto Estrangeiro.

Um desses casos é a Somincor. A empresa exploradora de zinco e cobre nas terras alentejanas de Neves-Corvo é detida pelo grupo canadiano Lundin Mining. Está há vários meses sujeita a paralisações do trabalho por parte do sindicato dos mineiros.

Outro farol do investimento estrangeiro em Portugal é a Autoeuropa, construtora automóvel do Grupo Volkswagen, que contribui de forma decisiva para a formação do PIB – Produto Interno Bruto nacional. A fábrica de Palmela dava a sensação de ir ganhar uma nova pujança, uma nova vida, com a decisão da sede do grupo germânico de produzir em Portugal um novo modelo automóvel, o ‘T-Roc’.

Para o efeito, foram contratados centenas de trabalhadores, mas o acordo a que a administração da Autoeuropa chegou com a comissão de trabalhadores foi chumbado uma vez pelos sindicatos, levando à demissão dos responsáveis da comissão de trabalhadores.

Após vários meses de impasse, o novo acordo trabalhado pela nova comissão de trabalhadores com a administração da Autoeuropa foi também chumbado, há pouco mais de uma semana.

O impasse mantém-se, a solução não se avizinha e crescem os riscos de o Grupo Volkswagen optar por uma outra unidade fabril no estrangeiro para produzir este modelo automóvel, uma medida que, a concretizar-se, seria uma forte machadada na economia nacional.

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