A Bolsa de Nova Iorque iniciou a sessão desta quarta-feira, 13 de novembro, em terreno negativo, na sequência da escalada dos confrontos em Hong Kong e de o presidente norte-americano ter ameaçado aumentar “substancialmente” as taxas aduaneiras à China se o país não assinar um acordo comercial com os Estados Unidos.
Num discurso ontem em Nova Iorque, Donald Trump adiantou ainda que a primeira fase de um acordo comercial “pode acontecer em breve”, mas acabou por desiludir o mercado, que esperava mais detalhes sobre a assinatura desse possível acordo. “O cenário em Hong Kong, onde se multiplicam as manifestações, também é uma condicionante, tendo levado o índice Hang Seng com perdas de quase 2%”, acrescenta Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, numa nota de mercado.
Os três principais índices norte-americanos abriram no ‘vermelho, invertendo os ganhos ligeiros registados no fecho da sessão de ontem. Cerca de 15 minutos após o arranque da sessão, o industrial Dow Jones recuava ligeiros 0,16% para os 27.648,27 pontos, o financeiro S&P 500 perdia 0,31%, para os 3.082,30 pontos, e o tecnológico Nasdaq deslizava 0,39%, para os 3.082,30 pontos. Já o Russel 2000 estava a ser marcado por uma desvalorização de 0,72%, para 1.583,50 pontos.
O presidente dos Estados Unidos manteve também o tom crítico para com a Reserva Federal (Fed): “Lembrem-se de que estamos a competir ativamente com os países que cortam abertamente as taxas de juros, assim, muitos estão agora a ser realmente pagos quando pagam o seu empréstimo, o que é conhecido como juros negativos. Quem já ouviu falar disto?”, ironizou o governante.
Depois das palavras de Donald Trump, os investidores aguardam agora o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, que intervirá no Comité Económico do Congresso às 16h00 e amanhã no Comité Bancário do Senado. “A Fed tem margem de manobra para aprofundar os estímulos monetários, mas por agora não há necessidade. A taxa de desemprego está em mínimos dos últimos 50 anos, o consumo cresce a um ritmo de +2,9% (versus +1,9% PIB) e os riscos diminuem (guerra comercial e geopolítica). A estratégia da Fed funciona (três cortes dos juros em 2019)”, referem os analistas do Bankinter, em research publicada hoje.
A nível macroeconómico, o governo norte-americano disse esta manhã que os preços ao consumidor aumentaram em outubro mais do que o esperado.
Em termos empresariais, destaque para a dona da Google. Segundo avança o “Wall Street Journal”, a Alphabet vai disponibilizar contas correntes no próximo ano, o que está a ser visto como mais um ‘ataque’ das tecnologia à banca tradicional de consumo. Ainda assim, os títulos da empresa deslizam 0,05%, para 1.296,86 dólares.
Em relação aos preços do petróleo, a cotação do barril de Brent está a subir 0,62%, para 62,44 dólares, enquanto a cotação do crude WTI soma 0,77%, para 57,22 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, o euro aprecia 0,07% face ao dólar (1,1014) e a libra desvaloriza 0,07% perante a divisa dos Estados Unidos (1,2835).
Notícia atualizada às 15h03
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