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Congresso dos Estados Unidos entrega pacote de resgate de 2 biliões de euros

A Câmara de Representantes aprovou por voto de voz e com o apoio maioritário de ambos os partidos um pacote de medidas.
  • Fabrice Coffrini/AFP via Getty Images
27 Março 2020, 19h40

A Câmara de Representantes aprovou por voto de voz e com o apoio maioritário de ambos os partidos um pacote de medidas de 2,2 biliões de dólares (cerca de 2 biliões de euros), naquela que é a mais colossal lei de apoio económico na história dos EUA.

Com este pacote de resgate, milhões de adultos norte-americanos poderão receber cheques de até 1.200 dólares (cerca de mil euros) e 500 dólares para crianças (cerca de 450 euros) outros terão os seus subsídios de desemprego aumentados, e milhões de empresas terão ainda empréstimos, doações e acesso a incentivos fiscais.

Também os governos estaduais e locais terão acesso a milhares de milhões de euros para implementar sistemas de impulso económico nas suas regiões.

“O povo americano merece uma resposta ampla, visionária e baseada em evidências do Governo para abordar as ameaças às suas vidas e aos seus meios de subsistência”, disse Nancy Pelosi, líder da maioria Democrata na Câmara de Representantes, para justificar a celeridade com o que a lei foi aprovada.

“Vamos ajudar os americanos a resolver isto. Vamos fazer isto juntos”, concordou Kevin McCarthy, o líder da minoria Republicana na Câmara de Representantes.

A lei chegou a estar em risco, quando o representante Republicano Thomas Massie, tentou uma votação nominal, que poderia ter atrasado todo o processo, já que muitos representantes não se encontram no Congresso, seguindo instruções de confinamento.

O Presidente Donald Trump reagiu, criticando severamente a atitude de Massie, sugerindo mesmo que ele fosse expulso do Partido Republicano e aproveitando para pedir rapidez na resposta do Congresso ao pacote financeiro.

O debate na Câmara de Representantes acabou por ser pacífico, com os dois partidos a conseguirem entender-se no essencial das propostas, apesar de divergências que foram apontadas desde o início do processo, com os Democratas a dizerem temer que as grandes empresas fossem excessivamente beneficiadas, em detrimento dos trabalhadores norte-americanos.

“Não há tempo para hesitações”, concluiu Gerald Connoly, representante Democrata que sintetizou o espírito final das negociações.

A lei terá agora de ser assinada pelo Presidente, mas Donald Trump foi o primeiro a incentivar estas medidas económicas, dizendo-se muito preocupado com a necessidade de um forte plano económico para travar a previsível recessão provocada pela pandemia.

 

 

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