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Conquistar o 4.º maior importador do mundo

Nos últimos cinco anos o número de empresas portuguesas a exportar para o Japão tem vindo sempre a aumentar.
16 Dezembro 2016, 11h05

Em 2015, o Japão registou o 3º maior produto interno bruto (PIB) mundial, a seguir aos EUA e à China. Em termos de estrutura produtiva, destaca-se o setor dos serviços (71,3% do PIB em 2015), com a indústria a pesar 27,5% e o setor agrícola 1,2% (os dados são estimativas, esclarece a AICEP).

A estrutura económica japonesa é composta por um estrato de grandes multinacionais, que se afirmaram mundialmente nas últimas décadas, e por uma enorme massa de pequenas empresas, que lhe conferem flexibilidade e inovação.

A indústria transformadora, um dos principais suportes da economia é, também, altamente diversificada. Os setores da eletrónica e automóvel, apesar do seu peso indiscutível na indústria e como motor das exportações, sofreram, um claro recuo.  Por outro lado, o Japão é um dos principais produtores de aço e de máquinas e ferramentas a nível mundial.

A economia japonesa está muito dependente do comércio internacional. Em 2015, o Japão foi o quarto maior exportador e importador a nível mundial. Em termos de importações, houve um acréscimo em 2012 (+3,6%, relativamente ao ano anterior), registando-se reduções em 2013 (variação percentual de -5,9%), em 2014 e em 2015 (variações percentuais, respetivamente, de -2,5% e -20,2%). A taxa média de crescimento anual foi de -6,3%. As importações atingiram 885,8 mil milhões de dólares em 2012 diminuindo para 648,5 mil milhões em 2015. A China é o principal fornecedor, representando 25,6% do montante global em 2015. Seguiram-se os EUA (10,9%), Austrália (5,6%), Coreia do Sul (4,3%) e os Emirados Árabes Unidos (3,8%).

No âmbito dos países da Europa, situaram-se nos vinte primeiros lugares do ranking de fornecedores, em 2015: a Alemanha (9º lugar, com um peso de 3,2% no total das importações), Rússia (12º lugar, com um peso de 2,5%), França (14º lugar), Itália (18º) e Suíça (20º).

O mercado do Japão assume uma posição modesta no contexto do comércio internacional português de bens e serviços.

De acordo com os dados do INE, o número de empresas portuguesas que exportam produtos para o Japão tem vindo a aumentar, passando de 649 em 2011 para 866 em 2015, num acréscimo de cerca de 33%.

No que se refere à estrutura das exportações, situaram-se na primeira posição, em 2015, os produtos alimentares, com 22,7% do respetivo total. Seguiram-se os agrupamentos de máquinas e aparelhos (17,9%), produtos químicos (17,2%), calçado (9,0%) e produtos agrícolas (7,6%). Os cinco primeiros grupos de produtos representaram, no todo, 74% do valor global das nossas vendas para o Japão.

 

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