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Conservadores vencem eleições legislativas na Croácia

O HDZ – partido fundado em 1989 pelo ‘velho’ Franjo Tudjman, um dos obreiros da independência – é cada vez mais hegemónico no país. Ao contrário do que é costume, os croatas anteciparam as eleições, apesar da pandemia.
6 Julho 2020, 07h25

As eleições legislativas realizadas na Croácia deverão resultar numa vitória inesperadamente confortável para o partido no poder, o conservador União Democrática Croata (HDZ), que pode chegar aos 61 lugares, enquanto o seu principal rival, a coligação Restart, de centro-esquerda liderada pelo Partido Social Democrata, não irá além dos 44, bem abaixo das expectativas.

O HDZ – partido fundado em 1989 por Franjo Tudjman, que seria o primeiro presidente da Croácia independente depois de ter sido o ‘obreiro’ dessa independência – mantém o seu domínio: perdeu apenas duas eleições.

A terceira força mais votada (com 16 lugares) é a liderada por Miroslav Skoro, um famoso cantor ultra-nacionalista e populista. Mas a sua posição poderá ser fundamental: o primeiro-ministro conservador Andrej Plenkovic precisará de apoio parlamentar e ele poderá vir de Skoro, que está próximo da extrema-direita, o que não é totalmente do agrado do HDZ.

As eleições que a Croácia realizou este domingo foram enquadradas pelo coronavírus: foram realizadas no meio a uma queda brutal (entre 60% e 70%) das receitas do turista (que representam 20% do PIB) e porque estavam programados para o final do ano, mas o governo optou por antecipá-las para tentar capitalizar a gestão da pandemia. A estratégia parece ter funcionado.

A Croácia é um dos países da UE que saiu da pandemia da melhor forma: com menos de 2.500 positivos casos e cem mortes numa população de pouco mais de quatro milhões. No entanto, depois do registo de um pico nos últimos dias (86 infeções no dia de ontem) fechou as fronteiras com os vizinhos dos Balcãs, que se encontram em pior situação.

Em termos económicos, a sua dependência do turismo foi um duro golpe: é o terceiro país do mundo, depois da Jamaica e da Tailândia, que mais porcentagem do PIB pode perder devido à pandemia, de acordo com um relatório recente das Nações Unidas.

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