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Constâncio: incerteza política trava inflação na zona euro

Em agosto, a inflação na zona euro acelerou 1,5%, um valor que compara com os 1,3% de julho. Apesar da subida, o índice de preços no consumidor continua abaixo da meta do BCE – próxima, mas abaixo de 2%.
1 Setembro 2017, 20h17

A crescente incerteza sobre o futuro da política económica norte-americana e as fracas pressões globais deflacionistas tornam mais difícil a aceleração da inflação da zona do euro para próximo do objetivo do Banco Central Europeu (BCE), segundo o vice-presidente da instituição, Vítor Constâncio.

“A crescente incerteza sobre o fortalecimento da recuperação económica, e dos EUA em particular, tornam a normalização da inflação e dos níveis de desemprego na zona euro mais difícil”, defendeu Constâncio numa conferência em Cernobbio, Itália, citado pela agência Reuters.

“A forte fase deflacionista mundial, que parecia provável no início do ano, ainda não se materializou. Portanto, as tarefas de normalização da inflação e do desemprego para a níveis aceitáveis continuam a ser difíceis”.

Em agosto, a inflação na zona euro acelerou 1,5%, um valor que compara com os 1,3% de julho. Apesar da subida, o índice de preços no consumidor continua abaixo da meta do BCE – próxima, mas abaixo de 2%.

Vítor Constâncio reiterou a posição já firmada pelo presidente do BCE. Mario Draghi afirmou, na passada sexta-feira em Jackson Hole, nos EUA, que a inflação na zona euro ainda não chega para mudanças para alterações à política monetária.

“A convergência da inflação na zona euro ainda não é sustentável”, apesar da retoma da economia do bloco estar a “ganhar tração”, afirmou o italiano. Acrescentou que “ainda é necessário manter um grau significativo de acomodação monetária” e que o BCE vai continuar atento ao mercado de trabalho na região, em especial, à evolução lenta do valor nominal dos salários.

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