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Twitter, Facebook e Instagram: uma a uma, redes sociais bloquearam Donald Trump

As divergências entre Trump e o Twitter não são propriamente novidade. Depois do Twitter ter implementado a política de sinalizar publicações que poderiam conter informações falsas, Trump não gostou e assinou uma ordem executiva cujo objetivo seria bloquear a rede social. A lei não foi aprovada no congresso e, ontem, o Twitter acabou mesmo por suspender a conta de Trump na sequência da invasão ao Capitólio.
  • Jim Lo Scalzo/REUTERS
7 Janeiro 2021, 18h10

Depois da conta de Donald Trump ter sido banida por 12 horas, na sequência da invasão dos seus apoiantes ao Capitólio, abre-se uma nova realidade que, à partida, poderá ser bem-intencionada, mas que levanta questões sobre a censura de governantes em redes sociais. Apesar da curta história das redes sociais, é a primeira vez que um presidente de um país vê a sua conta ser banida, mesmo que de forma temporária.

As divergências entre Trump e o Twitter não são propriamente novidade. Depois do Twitter ter implementado a política de sinalizar publicações que poderiam conter informações falsas, Trump não gostou e assinou uma ordem executiva cujo objetivo seria bloquear a rede social. A lei não foi aprovada no congresso.

As recorrentes publicações do ainda presidente dos Estados Unidos, que refutam os resultados das eleições, têm sido alvo de constantes sinalizações por parte do Twitter. Trump considera a abordagem da rede social como “preconceituosa e anti-conservadora”.

Até ao dia de ontem, 6 de janeiro de 2021, nunca o Twitter tinha removido qualquer publicação de Trump, sendo por isso uma medida de último recurso a censura às publicações do ainda presidente dos EUA referentes à invasão ao Capitólio, acabando mesmo por suspender a conta por 12 horas.

Outras redes sociais juntaram-se ao Twitter, bloqueando as contas de Donald Trump, como foi o caso do Facebook, Youtube e Instagram, que aplicaram suspensões por “tempo indeterminado”. Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, afirmou que “os “riscos de permitir que o presidente continue a usar o nosso serviço durante este período são simplesmente grandes demais”. Adicionalmente, Zuckerberg também garantiu que a suspensão durará “pelo menos duas semanas, até que a transição pacífica de poder seja concluída”.

O Twitter foi o único a emitir uma justificação pela aplicação da medida, afirmando que “ás vezes, podemos adicionar um aviso a uma conta ou tweet para fornecer mais contexto sobre as ações que os nossos sistemas ou equipas podem realizar. Noutros casos, isso ocorre porque o comportamento viola as regras do Twitter. Outras vezes, pode ser em resposta a uma solicitação válida e com escopo adequado de uma entidade autorizada num determinado país”.

 

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