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Contestação ao aeroporto do Montijo sobe de tom

O memorando de entendimento que deverá formalizar a opção do Montijo para apoiar o aeroporto Humberto Delgado deverá ser hoje assinado entre o Estado português e a ANA/Vinci.
15 Fevereiro 2017, 07h15

A contestação à opção do Montijo para local de construção do aeroporto complementar ao aeroporto Humberto Delgado está a subir de tom.

Depois de anos de indecisões e paragens devido à crise económica nacional e internacional, o atual Governo decidiu avançar coma realização de diversos estudos, tendo sido preferida a alternativa de adaptar um aeroporto já existente para complementar a oferta da Portel a construir um aeroporto de raiz, uma vez que se trata de uma opção demasiado dispendiosa para a presente situação financeira do País.

O memorando de entendimento entre o Estado e a ANA, concessionária dos aeroportos nacionais detida pelo grupo francês Vinci, deverá ser assinado hoje, no aeroporto Humberto Delgado, pelas 15 horas, formalizando essa opção do Montijo, em detrimento de outras alternativas estudadas como Alverca ou Sintra.

No entanto, a grande maioria dos autarcas da Península de Setúbal – em que a localização do Montijo se insere – estão contra esta opção e preferem a alternativa de construir um aeroporto de raiz em Alcochete, como já foi defendido em tempos, antes de eclodir a crise financeira mundial em 2008.

Esses autarcas anunciaram já que vão solicitar uma reunião de emergência ao primeiro-ministro António Costa para lhe transmitir a sua visão sobre este projeto e as suas preocupações.

Também alguns pilotos começaram a questionar a opção de eliminar uma das atuais pistas do aeroporto Humberto Delgado, para aumentar a capacidade do ‘hub’ de Lisboa, como o Jornal Económico avançou em primeira mão na edição impressa do passado dia 10 de fevereiro.

No entender desses pilotos, a pista que se pretende encerrar é a única quer permite aterrar aviões em certos meses do ano devido a condições climatéricas mais adversas.

Como a opção do Montijo não permite a aterragem de aviões de longo curso, estes teriam de ser desviados para outros aeroportos, para Faro ou para o Porto, o que criaria evidentes prejuízos ao destino Lisboa em termos competitivos.

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