O líder dos Trabalhistas já se manifestou em relação ao acordo alcançado entre a União Europeia e o Reino Unido. De acordo com o The Guardian, Jeremy Corbyn, líder do maior partido da oposição, criticou as condições do documento dizendo que “é ainda pior que o acordo de Theresa May”.
“Pelo que se sabe, parece que o primeiro-ministro negociou um acordo ainda pior do que o de Theresa May, que foi fortemente rejeitado”, cita o jornal britânico as palavras de Corbyn. “Essas propostas correm o risco de desencadear uma corrida ao fundo dos direitos e proteções: colocando a segurança dos alimentos em risco, cortando os padrões ambientais e os direitos dos trabalhadores e colocando o nosso SNS à mercê das empresas privadas americanas”, lê-se na declaração.
“Este acordo não vai unir o país e deve ser rejeitado. A melhor maneira para se chegar a acordo do Brexit é dando às pessoas um voto na matéria”, finalizou.
Apesar de Boris ter chegado a acordo com Juncker, o principal obstáculo está na Câmara dos Comuns. Sem maioria em Westminster, o Governo conservador terá que convencer os unionistas democráticos da Irlanda do Norte (DUP), o Partido Trabalhista, os conservadores rebeldes que o próprio primeiro-ministro expulsou do seu grupo parlamentar, e até os trabalhistas que defendem a saída do Reino Unido. Uma batalha que, segundo a imprensa britânica, não dará uma vitória a Boris Johnson.
O gabinete do primeiro-ministro agendou uma sessão parlamentar extraordinária para sábado, para tentar aprovar o acordo anunciado esta quinta-feira por Johnson. Esta será a ultima tentativa do Governo para alcançar um acordo que já foi rejeitado várias vezes na Câmara dos Comuns.
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