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Coreia do Norte ameaça EUA com “derradeiro desastre” em caso de provocação

Esta madrugada, a Coreia do Norte garantiu ter testado, com sucesso, uma bomba de hidrogénio desenvolvida para ser instalada num míssil balístico intercontinental. Vários líderes mundiais condenaram as ações de Pyongyang, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
3 Setembro 2017, 19h33

Depois de Donald Trump ter condenado o teste de uma bomba de hidrogénio pela Coreia do Norte, o país reagiu e fez novas ameaças, através da agência noticiosa governamental. O regime de Kim Jong-un avisou que caso seja provocado pelos EUA, poderá responder com um “derradeiro desastre”.

“Se os imperialistas norte-americanos provocarem, estupidamente, a República Popular Democrática da Coreia, não vão ser capazes de escapar ao derradeiro desastre”, avisou este domingo a agência norte-coreana KCNA, citada pela Lusa.

Esta madrugada, a Coreia do Norte anunciou garantiu ter testado, com sucesso, uma bomba de hidrogénio desenvolvida para ser instalada num míssil balístico intercontinental. Ri Chun Hee, a pivô de televisão mais conhecida na Coreia do Norte, anunciou em direto, numa transmissão especial, o acontecimento, acrescentando que Kim Jong Un assinou pessoalmente o teste nuclear.

Vários líderes mundiais condenaram as ações de Pyongyang, incluindo presidente dos Estados Unidos. Questionado sobre se os EUA poderão atacar a Coreia do Norte, Trump respondeu apenas que “veremos”, esta tarde, citado pela a agência Reuters.

Na rede social Twitter, escreveu também que as ações da Coreia do Norte “continuam a ser muito hostis e perigosas” para os EUA. Trump considerou ainda que a Coreia do Norte é uma “uma grande ameaça e fonte de embaraço para a China”, bem como que “a Coreia do Sul está a perceber, como eu disse, que o seu discurso de apaziguamento com a Coreia do Norte não funciona, eles só entendem uma coisa!”.

Também a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, defenderam o “endurecimento” de sanções da União Europeia à Coreia do Norte. Os dois líderes falaram ao telefone e concordaram que “a última provocação lançada pelo dirigente de Pyongyang atingiu uma nova dimensão”.

A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, classificou os testes como uma “grande provocação” e uma “grave ameaça à segurança regional e internacional”. Os ensaios nucleares levados a cabo pela Coreia do Norte são uma violação “direta e inaceitável” das obrigações internacionais, que está proibido de produzir ou testar armas nucleares, de acordo as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, lembrou Mogherini.

Esta segunda-feira, Mogherini vai reunir-se com o líder da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Yukiya Amano, para discutir o tema. Também a AIEA já condenou o teste, dizendo que este foi realizado em “completo desrespeito pelas normas da comunidade internacional”.

 

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