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Coreia do Norte sugere que está a desenvolver mísseis balísticos mais avançados

O objetivo é construir uma ogiva que sobreviva ao calor intenso e à fricção da reintrodução na atmosfera, que é um dos obstáculos mais difíceis superar na construção de um míssil balístico intercontinental.
  • KCNA/via REUTERS
23 Agosto 2017, 13h48

A agência de notícias estatal da Coreia da Norte divulgou uma fotografia, esta quarta-feira, onde sugere que a Coreia do Norte está a desenvolver um míssil balístico de combustível sólido mais poderoso. Segundo a mesma fonte, o líder do país, Kim Jong-un, ordenou a produção de mais mísseis e ogivas, escreve o New York Times.

Ao contrário dos foguetes de combustível líquido, os mísseis de combustível sólido não precisam de ser carregados com combustível antes do lançamento, um processo que pode demorar até uma hora e tornar o míssil vulnerável. Tais mísseis também são mais fáceis de transportar e esconder.

Jong-un ordenou um reforço de arsenal de mísseis do país durante uma visita ao Instituto de Material Químico da Academia de Ciências da Defesa, informou a Agência Central de Notícias da Coreia do Norte, sem divulgar quando a visita ocorreu.

“Kim Jong-un instruiu o instituto a produzir mais mísseis de combustível sólido e ogivas, expandindo ainda mais o processo e a capacidade de produção”, disse a agência de notícias sobre a visita, citada pelo New York Times.

O objetivo é construir uma ogiva que sobreviva ao calor intenso e à fricção da reintrodução na atmosfera, que é um dos obstáculos mais difíceis superar na construção de um míssil balístico intercontinental.

As autoridades sul-coreanas já temiam a possibilidade da Coreia do Norte construir um míssil Pukguksong mais avançado. Desde pelo menos 2013, a Coreia do Sul tem vindo a desenvolver um programa conhecido como Kill Chain, que visa detectar sinais de mísseis iminentes e ataques nucleares do norte com a ajuda de satélites americanos.

 

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