A Hyundai vai suspender a produção na Coreia do Sul devido ao surto do coronavírus, que levou também à interrupção do fornecimento de peças para o território chinês. Com a paragem da produção na Coreia da Sul, a Hyundai torna-se na primeira construtora automóvel a interromper a sua produção fora da China, segundo avança a agência “Reuters” esta terça-feira, 4 de fevereiro.
A Hyundai Motor disse que suspenderá a produção na Coréia do Sul devido ao surto de coronavírus que interrompe o fornecimento de peças, tornando-se a primeira grande montadora a fazê-lo fora da China. Na China, outras das contrutoras automóveis já encerraram as suas fábricas de acordo com as ordens do Governo, como são os casos da Hyundai, Tesla, Ford, Ford PSA, Peugeot Citroen, Nissan, Nissan 7201 e Honda Motor 7267.
“A Hyundai e Kia podem ser mais afetadas, pois tendem a importar mais peças da China do que outras construtoras mundiais”, refere Lee Hang-koo, investigador sénior do Instituto de Economia Industrial e Comércio da Coreia.
A Coreia do Sul importou 1,4 mil milhões de euros em peças de automóveis da China em 2019, mais 1,3 mil milhões do que em 2018, segundo os dados comerciais. A maioria das fábricas da Hyundai na Coreia do Sul ficará totalmente inativas a partir de 7 de fevereiro, enquanto algumas linhas de produção devem reiniciar a 11 ou 12 de fevereiro, de acordo com uma fonte anónima do sindicato da construtora.
China aprova mais medidas para estabilizar economia
Com o número de mortes provocadas pelo coronavírus o governo chinês encontra-se a debater se deve ou não reduzir a meta de crescimento económico traçada para 2020 de cerca de 6%, algo que muitos economistas do setor privado consideram fora do alcance da China.
Fontes próximas do Governo referiram à “Reuters” que os legisladores políticos estão a preparar medidas para apoiar uma economia abalada pelo surto do coronavírus, o qual deverá “ter um impacto devastador” no crescimento do primeiro trimestre de 2020. “Atualmente, a política monetária está a ser afetada, mas o banco central seguirá uma abordagem passo a passo e observará a situação do vírus”, referiu um membro do Governo.
O Banco Popular da China (PBOC) já injetou centenas de milhões de euros no sistema financeiro esta semana, de forma a tentar restaurar a confiança dos investidores, enquanto os mercados globais aguardam com nervosismo pelo impacto potencialmente prejudicial do vírus no crescimento mundial. Nos últimos dois dias, o PBOC injetou 218 mil milhões de euros em operações de mercado aberto.
De acordo com as mesmas fontes, o banco central da China provavelmente irá reduzir a sua principal taxa de empréstimos – a taxa básica de juros a 20 de fevereiro e baixar os índices de exigência de reserva dos bancos nas próximas semanas.
Sony anuncia aumento da procura de sensores de imagem
O surto do coronavírus fez não só disparar a procura pelas máscaras faciais, mas também de sensores de alerta de vírus. Uma das principais beneficiadas com esta procura tem sido a Sony que elevou a sua perspetiva de lucro anual, face ao aumento das vendas de sensores de imagem de smartphone. Esta procura de sensores de imagem tem sido forte o suficiente para que, mesmo com as suas fábricas a operarem em plena capacidade, a Sony não tenha conseguido acumular os produtos previstos.
Os negócios de sensores da Sony continuam a prosperar, à medida que os fabricantes de smartphones competem para adotar sensores de imagem maiores e várias lentes em cameras para melhorar a qualidade da imagem, gerando um lucro trimestral nos negócios de 62%.
A empresa japonesa controla cerca de metade do mercado mundial de sensores de imagem, fornecendo a maioria dos fabricantes mundiais de smartphones, incluindo a Apple e Huawei. Para reduzir a dependência de smartphones, a Sony tem vindo a trabalhae em sensores para aplicações móveis.
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