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Coronavírus: OMS desaconselha evacuações de cidadãos estrangeiros da China

A OMS está a monitorizar o desenvolvimento do coronavirus em território chinês e, entre outras coisas, afirmou não acreditar que cidadãos estrangeiros devam ser evacuados. A confiança nas autoridades chinesas levou também a OMS a descartar para já declarar o estado de emergência internacional, num claro sinal de confiança de que a China conseguirá conter e eliminar o vírus.
  • Getty Images
28 Janeiro 2020, 11h34

Depois de vários países terem anunciado planos para evacuar os cidadãos presentes em território chinês, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que tem total confiança no plano de contenção elaborado pela China e, sublinha que, não acredita na necessidade de evacuar cidadãos estrangeiros do país, segundo a Reuters.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, presidente da OMS, afirmou durante uma reunião com o ministro dos negócios estrangeiros chinês que “a OMS não aconselha os países a retirarem os seus cidadãos de território chinês, não há necessidade de reações exageradas”.

Durante a semana passada a OMS preparou um painel de 16 especialistas para avaliar o atual estado do coronavírus em território chinês, e nos dois vereditos que daí resultaram, a OMS não quis declarar o estado de emergência internacional, no que é visto como um claro sinal de confiança nas autoridades chinesas em conter o contágio do coronavírus.

O coronavírus está a causar o pânico um pouco por todo mundo. Os mais recentes países a juntarem-se à lista de casos confirmados são a Alemanha e o Sri Lanka, ainda assim nenhuma das 106 fatalidades resultantes da infeção do vírus aconteceu fora do território chinês.

Fonte da OMS também afirmou à Reuters que estão a “monitorizar a situação constantemente” e que “ainda existem muitos casos, mas podemos confirmar que não houve transmissão de humano para humano fora da China”.

Apesar do otimismo da OMS os números de casos confirmados têm vindo a aumentar e, até ao momento, confirmam-se 107 fatalidades resultantes do coronavírus, a que se juntam 4,515 casos de pessoas infetadas, segundo os dados da Comissão Nacional de Saúde Chinesa.

No domingo passado, dia 26 de janeiro a OMS emitiu um comunicado a retificar as avaliações que tinha publicado nos dias 23, 24 e 25 de janeiro, onde afirmara que o risco de contaminação a nível global era “moderado”, um lapso que motivou uma nota de rodapé onde a OMS reforça que o risco de contaminação na China e a nível global se mantém “muito alto”.

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