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Corrente interna do CDS-PP critica “persistente desconsideração” do Conselho Nacional

A corrente de opinião liderada pelo candidato à presidência do CDS-PP Abel Matos Santos considera que a marcação do Conselho Nacional para um dia de trabalho e ao final do dia, em Lisboa, mostra a “persistente desconsideração” pelos democratas-cristãos de todo o país.
14 Outubro 2019, 15h47

A Tendência Esperança e Movimento (TEM), que integra o CDS-PP, contesta a decisão do partido em marcar o Conselho Nacional para esta quinta-feira. A corrente de opinião liderada pelo candidato à presidência do CDS-PP Abel Matos Santos considera que a marcação do Conselho Nacional para um dia de trabalho e ao final do dia, em Lisboa, mostra a “persistente desconsideração” pelos democratas-cristãos de todo o país.

“Não sendo esta a primeira vez que tal sucede a um dia de trabalho e ao final do dia, em Lisboa, tendo esta prática sido censurada em várias ocasiões e por vários Conselheiros Nacionais, parece demonstrar a persistente desconsideração deste órgão, que é o órgão máximo deliberativo entre Congressos, e pelos Conselheiros Nacionais de todo o país que têm que se deslocar à capital”, indica a TEM/CDS, em comunicado enviado ao Jornal Económico.

De acordo com a agenda do CDS-PP, a reunião do Conselho Nacional, a fim de marcar o Congresso para eleger um novo líder para o partido, deve acontecer logo após a reunião da Comissão Política Nacional que se realiza na quinta-feira às 19h00, na Sede Nacional, em Lisboa.

“A reunião do Conselho Nacional subsequente às eleições legislativas, em que o CDS teve o pior resultado da sua história, deveria merecer tempo e espaço adequados para que fosse possível uma análise aprofundada dos motivos, identificação dos erros e lições aprendidas, assumpção de responsabilidades e as respetivas consequências políticas”, considera a TEM/CDS.

Nas eleições legislativas, o CDS-PP conseguiu apenas 4,25% dos votos e viu a sua bancada parlamentar reduzir-se de 18 para cinco deputados.

Abel Matos Santos diz que o resultado eleitoral do CDS-PP, apesar de ter sido o pior de sempre “não é uma fatalidade e pode ser uma oportunidade, talvez a última”, e por isso apela aos “putativos candidatos” para que se apresentem a eleições com uma estratégia diferente da de Assunção Cristas, líder demissionária do CDS-PP, e que “afastou o partido das bases e das estruturas militantes”.

“Espero que os putativos candidatos, em reflexão e outros que possam surgir, avancem. É desta salutar e indispensável discussão e debate, sobre que CDS queremos projetar para a sociedade bem como que direita queremos construir, que poderemos renascer e constituirmos uma alternativa credível e eficaz”, nota Abel Matos Santos.

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