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Costa afirma que portugueses e angolanos superaram os testes das crises

António Costa sustentou que a vida dos países, como a das pessoas, não é sempre linear, conhecendo flutuações e mudanças ao longo dos tempos.
  • José Sena Goulão / Lusa
17 Setembro 2018, 21h07

O primeiro-ministro afirmou hoje que há uma “enorme ponte” de segurança entre Portugal e Angola e que os portugueses e angolanos superaram os testes das crises económicas da última década, nunca virando as costas uns aos outros.

Palavras proferidas por António Costa no final do seu primeiro de dois dias de visita oficial a Angola, num breve discurso perante representantes da comunidade portuguesa em Luanda.

António Costa sustentou que a vida dos países, como a das pessoas, não é sempre linear, conhecendo flutuações e mudanças ao longo dos tempos.

“Muitos de vós vieram para Angola nos últimos dez anos e não foram imunes às consequências da baixa do petróleo que atingiu a economia angolana. Mas há algo que estes últimos dez anos ensinaram: a existência desta grande ponte entre Portugal e Angola é uma enorme segurança para todos nós, porque todos sabemos que há sempre um porto de abrigo, há sempre um novo espaço de oportunidades, novas condições para a construção da esperança”, defendeu.

Na opinião de António Costa, todas “as relações são testadas nos momentos difíceis”.

“Ao longo dos últimos dez anos passámos o teste. Em todos os momentos difíceis que Portugal passou, Angola não nos virou as costas. E em todos os momentos difíceis de Angola, vocês [comunidade portuguesa] não viraram as costas a Angola”, frisou o primeiro-ministro.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro deixou também um apelo para que se amplie as áreas de cooperação entre os dois países.

“Todos já ouvimos falar sobre os laços seculares entre Portugal e Angola. Agora, é responsabilidade da nossa geração a história que vai ser contada daqui a 20, 50 ou cem anos”, advertiu.

De acordo com António Costa, portugueses e angolanos “necessitam uns dos outros neste mundo globalizado, sobretudo num momento em que os continentes europeu e africano percebem que têm um enorme desafio pela frente no seu relacionamento”.

“Portugal e Angola têm o estrito dever de pôr ao serviço deste desígnio as suas capacidades”, acrescentou.

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