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Costa elogia eventual solução de Vestager para presidente da Comissão Europeia 

O primeiro-ministro voltou esta terça-feira a colocar o socialista holandês Frans Timmermans como sua opção para presidente da Comissão Europeia, mas elogiou também uma eventual escolha da liberal dinamarquesa.
18 Junho 2019, 20h56

O primeiro-ministro, António Costa, voltou esta terça-feira a colocar o socialista holandês Frans Timmermans como sua opção para presidente da Comissão Europeia, mas elogiou também uma eventual escolha da liberal dinamarquesa Margrethe Vestager para este cargo.

António Costa assumiu esta posição na Assembleia da República, durante o debate parlamentar preparatório do Conselho Europeu, na quinta e sexta-feira, em Bruxelas, depois de desafiado pela deputada do PSD Rubina Berardo “a sair das trincheiras” no processo de escolha do candidato a presidente da Comissão Europeia.

Rubina Berardo referiu que o Partido Popular Europeu (PPE) foi a força política mais votada nas eleições para o Parlamento Europeu, razão pela qual o futuro presidente da Comissão deverá ser o candidato proposto por esta família política, o alemão Manfred Weber.

Na resposta, António Costa defendeu que, para suceder a Jean Claude Juncker, deverá ser escolhido “alguém que corresponda à vontade do Parlamento Europeu, ou seja, entre aqueles que foram candidatos a presidentes da Comissão Europeia”.

“Não é uma norma, não está nos tratados, mas é um bom princípio”, justificou o primeiro-ministro.

Para António Costa, o Conselho Europeu “deve esgotar todas as possibilidades de ter um candidato, ou uma candidata, a presidente da Comissão, entre aqueles que foram os chamados ‘spitzenkandidat'”.

“Com toda a franqueza, não acho que isso seja impossível. Há uma [Margrethe Vestager] e um [Frans Timmermans] que preenchem todas as condições para serem excelentes presidentes da Comissão”, considerou.

No entanto, para o líder do executivo português, há outro [Manfred Weber] que, infelizmente, não terá a experiência política, quer a nível nacional, quer a nível europeu, para poder desempenhar o cargo de presidente da Comissão Europeia”.

“Não pode merecer o apoio de um país que ele procurou sancionar contra tudo e contra todos. Sei que a senhora deputada Rubina Berardo e o PSD apoiam o candidato que quis castigar Portugal por o país não ter ido ainda mais longe no cumprimento da austeridade e que quis punir Portugal também pela mudança política feita em 2015. Respeito, é corrente com aquilo que o PSD sempre quis. Mas connosco nunca contarão para apoiar alguém que quer castigar Portugal”, reagiu António Costa.

 

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