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Costa espera Centeno no Eurogrupo em novo mandato para concluir orçamento da zona euro

O primeiro-ministro disse esta quinta-feira esperar que os líderes da União Europeia (UE) renovem o mandato de Mário Centeno à frente do Eurogrupo para conclusão da proposta de orçamento da zona euro, após os “passos muito significativos” já dados.
20 Junho 2019, 16h24

Para sexta-feira está agendada, para Bruxelas, uma cimeira do euro que servirá para analisar os tímidos avanços alcançados pelos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) no aprofundamento da União Económica e Monetária, designadamente no desenvolvimento de um instrumento orçamental próprio para a competitividade e convergência na zona euro.

Hoje, falando em Bruxelas à entrada para o Conselho Europeu, o chefe de Governo português, António Costa, salientou que “foram dados passos muito significativos nesse sentido”.

“E espero que amanhã o Conselho [Europeu] renove o mandato a Mário Centeno para que, na preparação do próximo quadro financeiro plurianual, tenhamos um embrião da capacidade orçamental da zona euro”, salientou.

Em dezembro de 2018, Mário Centeno recebeu um mandato dos chefes de Estado e de Governo da zona euro para trabalhar numa proposta de uma capacidade orçamental própria para a competitividade e convergência na zona euro, que será então discutida na cimeira sexta-feira, mas com muitas questões em aberto.

Costa quer, assim, que o mandato seja renovado, tendo em vista um “avanço em matéria de orçamento da zona euro”.

Na madrugada de sexta-feira passada, os ministros das Finanças europeus chegaram a acordo, no Luxemburgo, sobre as principais linhas de um orçamento para a zona euro.

Porém, o compromisso em torno das “características principais” de um instrumento orçamental para a competitividade e convergência na zona euro deixa ainda em aberto questões fundamentais, tais como a sua dimensão e financiamento.

Numa conferência de imprensa realizada na sexta-feira de manhã para apresentar os resultados da ‘maratona’ negocial o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, e o comissário europeu dos Assuntos Económico, Pierre Moscovici, reconheceram que “ainda é necessário mais trabalho”.

Ainda assim, saudaram o que classificaram como “pequenos passos”, que não devem ser subestimados, mas mais pela sua “importância simbólica”.

Hoje e sexta-feira decorre, ainda, em Bruxelas um Conselho Europeu que servirá para escolher os lugares de topo da UE.

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